GESTÃO EM SAÚDE E OS EFEITOS DA COVID-19 SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DE SUPRIMENTOS NO SUS

Gabriel Felipe Tosta, Camilo Darsie de Souza, Isabella Urdagarin Esquia

Resumo


Introdução: A pandemia de Covid-19, instaurada em 2020, mudou as atenções da gestão da saúde pública no Brasil. A crise tornou necessário um redirecionamento de suprimentos e recursos, de modo a atenuar os efeitos nocivos da doença e diminuir o número de infecções, em todo o território nacional, conforme os índices aumentam ou diminuem em diferentes estados e/ou municípios. No entanto, impasses políticos e ideológicos tornaram as decisões e ações de gestores mais complexas do que se imaginava. Tendo em vista o princípio da descentralização, que considera que diferentes instâncias de gestão em saúde (nacional, estadual e municipal) interajam ao mesmo tempo em que trabalham de modo a considerar as demandas locais, autonomamente, ocorram falhas de resposta em relação à crise. Sob tais parâmetros foi realizada uma pesquisa acerca das mudanças imediatas no gerenciamento e nas necessidades de atendimento primário em saúde e direcionamento de recursos e suprimentos no SUS. Objetivo: A investigação teve como objetivo constatar a necessidade de uma organização conjunta entre as esferas do governo no âmbito federal, estadual e municipal, por meio de princípios técnicos-científicos, para assegurar o acesso à saúde aos brasileiros por meio do Sistema Único de Saúde, especialmente diante das iniquidades emergentes durante a pandemia de Covid-19. Método: Foi realizada uma investigação sistemática por meio da utilização de termos definidos previamente (EXEMPLOS) para a busca de artigos, notícias e relatos que pudessem representar informações relativas à gestão de suprimentos no Sistema Único de Saúde. Para tanto foi utilizado o banco de dados Scielo, portais de notícias, dados informados pelo Ministério da Saúde e Fiocruz. Resultados: Para a realização de um bom atendimento na área da saúde é essencial que os profissionais contem com boa administração de recursos de suprimentos. A qualidade do serviço público de saúde não depende apenas da formação técnica daqueles que o compõem, mas também da estrutura de apoio oferecida pela rede de saúde. Se o material necessário para apoiar a atividade do prestador de serviço não estiver presente ou for insuficiente e inadequado, o serviço fica comprometido. Neste sentido, a qualidade de administração dos recursos depende de uma boa logística, que é definida como o processo de planejamento, implementação e controle de fluxo eficiente. Para o SUS, as práticas de gestão se mostram fundamentais, tendo em vista o seu tamanho e abrangência de suas ações. Na pandemia de Covid-19, a falta de uma logística adequada ao Sistema Único de Saúde, comprometida com princípios éticos e científicos, ocasionou desfechos fatais para muitos usuários que dependiam de atendimento. Constatam-se desafios na coordenação e organização da gestão em saúde no SUS. Conclusão: As análises realizadas reforçam que é necessário que a rede de gestão em saúde seja capaz de olhar o fluxo de serviços do sistema de saúde como um todo, de modo a respeitar os princípios éticos e legais que fundamentam o SUS. Com a pandemia de Covid-19, é essencial que ocorra um planejamento para evitar que situações como a falta de oxigênio, de vacinas e de demais recursos se repitam. Entende-se, portanto, que vidas poderiam ter sido salvas a partir de abordagem mais técnica em nível de gestão.

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ISSN 2764-2135