EDUCAÇÃO E SAÚDE NA EDUCAÇÃO BÁSICA DE SANTA CRUZ DO SUL - RS: ENTENDIMENTO DE PROFESSORES E GESTORES SOBRE O CAMPO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE.

Autores

  • Kelly Mariana Rodrigues UNISC
  • Carina Louise Drescher UNISC
  • Camilo Darsie de Souza UNISC
  • Patrick Luiz Martini UNISC
  • Irene Souza UNISC
  • Sabrina Abed UNISC
  • Giovana Maria Fontana Weber UNISC
  • Fernanda Wartchow Schuck UNISC
  • Mateus de Arruda Tomaz UNISC

Resumo

Introdução: A educação em saúde é uma prática fundamental para o desenvolvimento de melhores condições de vida das mais diversas populações. Ela envolve e define os modos como os profissionais da saúde, os gestores e a população desempenham suas funções e, partindo disso, colabora para o aumento da qualidade de vida da população em geral. Tradicionalmente, questões relacionadas à saúde, na Educação Básica, são organizadas, operadas e destinadas por e para disciplinas que se inserem no campo dos estudos sobre o corpo, pelo viés, predominantemente, biológico. Neste contexto, entende-se que questões relativas às políticas públicas de saúde, como o funcionamento do Sistema Único de Saúde, deixam de ser levadas em conta, em muitas escolas. Objetivo: Identificar e problematizar o conhecimento dos professores e gestores da educação básica, da cidade de Santa Cruz do Sul, RS, acerca de temas relevantes para a Saúde Coletiva e, mais detidamente, relativos à Educação em Saúde. Metodologia: Pesquisa quanti-qualitativa, descritiva, desenvolvida por meio de questionário eletrônico no site Google Forms. Após aprovação no CEP, o link do questionário foi disponibilizado, por meio de e-mails e redes sociais, por gestores de escolas municipais, estaduais e privadas, para os professores de escolas de educação básica, Ensinos Fundamental e Médio. Resultados e discussão: O questionário foi respondido por 331 professores e gestores. Ao serem questionados acerca dos assuntos que fazem parte do campo da Educação em Saúde, 92% dos respondentes elencaram a higiene pessoal, 88,5% a nutrição, 85,5% a reprodução e educação sexual e 80,4% a etiologia, transmissão e profilaxia de doenças transmissíveis. Além disso, 76,1% consideraram as substâncias que alteram o comportamento, como álcool e drogas e 74,3% o sono e o exercício físico. Entretanto, apenas 49,8% assinalaram os aspectos econômicos da saúde como parte desse propósito. Ao serem questionados sobre a forma como tais assuntos são abordados na rotina escolar, 72,3% assinalaram “rodas de conversa”, 60,7% “palestras”, 58% “em aula” e 25% “eventos”. Tais respostas indicam que a ideia de educação em saúde ainda se encontra fortemente associada aos cuidados com a prevenção de doenças, a partir do corpo como esfera individual da vida. Em relação ao formato das abordagens, o baixo número de seleção da opção aulas permite pensar que tais temas não atravessam os cotidianos do dia-a-dia. Conclusão: Tendo em vista que a educação em saúde visa desenvolver conhecimento e senso crítico, trabalhando o indivíduo como um todo, pode-se afirmar que o entendimento sobre a abrangência do tema está limitado por parte da maioria dos professores e gestores questionados. Grande parte dos educadores acredita que a educação em saúde está relacionada apenas aos fatores diretamente ligados ao aspecto biológico, excluindo as questões econômicas e sociais. Além disso, existe uma percepção rasa sobre como abordar o tema no cotidiano escolar. Entende-se, partindo disso, que se faz necessário que ações de formação sejam direcionadas às escolas da cidade.

Biografia do Autor

  • Kelly Mariana Rodrigues, UNISC
    UNISC
  • Carina Louise Drescher, UNISC
    UNISC
  • Camilo Darsie de Souza, UNISC
    UNISC
  • Patrick Luiz Martini, UNISC
    UNISC
  • Irene Souza, UNISC
    UNISC
  • Sabrina Abed, UNISC
    UNISC
  • Giovana Maria Fontana Weber, UNISC
    UNISC
  • Fernanda Wartchow Schuck, UNISC
    UNISC
  • Mateus de Arruda Tomaz, UNISC
    UNISC

Publicado

2021-10-20