Mostra de Extensão, Ciência e Tecnologia da Unisc

Com o aumento do emprego das tecnologias digitais na saúde e a situação pandêmica que estamos vivendo, o processo de cuidado da saúde tem se transformado, tendo-se assim, a telemedicina como um complemento à prestação de cuidados de saúde e um fator de melhora na adesão do tratamento pois possibilita, por exemplo, a conciliação correta de medicamentos, a participação de membros da família na consulta, o aumento da frequência dos atendimentos e a quebra de barreiras físicas como problemas de transporte, clima e mobilidade que o paciente pode apresentar. Juntamente ao maior uso da telemedicina, também ocorre o crescimento do número de pessoas com diabetes a cada ano, sendo essa uma doença caracterizada por altas concentrações crônicas de glicose no sangue (hiperglicemia) que, quando não tratada ou tratada de forma errada, pode levar a complicações agudas, como cetoacidose diabética e coma hiperosmolar não cetótico, além de possíveis complicações de longo prazo como impotência, danos nos nervos, acidente vascular cerebral, insuficiência renal crônica, doença cardiovascular, úlceras nos pés e retinopatia. Verifica-se então, a necessidade de criar ferramentas que possam facilitar e melhorar o tratamento e as perspectivas dos pacientes e, um dos pontos primordiais para isso é o controle assertivo da glicemia. Para realizar esse controle, avalia-se a frequência e a magnitude da hiperglicemia com o intuito de ajustar o tratamento quando necessário. E, uma das alternativas para fazer esse controle é a contagem de carboidratos, uma terapia nutricional na qual monitora-se os gramas de carboidratos consumidos nas refeições a fim de calcular e aplicar a quantidade de insulina necessária com maior precisão, entretanto, esse método acaba sendo de difícil execução para muitos pacientes por conter diversas etapas e requerer que se tenha um conhecimento técnico no tema. Através da bibliometria quantitativa e síntese de trabalhos relacionados, foi possível notar que muito já se utiliza a telemedicina, porém, não se localizou nenhuma ferramenta que tratasse especificamente do tema proposto, revelando uma necessidade ainda não suprida que pode ter resultados promissores. E, também pode-se identificar que um sistema baseado em conhecimento, com boa usabilidade, seria o indicado para facilitar esse processo. Então, com este trabalho objetiva-se disponibilizar um aplicativo baseado em conhecimento, que elimine a necessidade de conhecimento técnico por parte do paciente no processo de contagem de carboidratos, possibilitando a utilização do método por um maior número de indivíduos, viabilizando um melhor controle da doença.