ESTRESSE RELACIONADO AO TRABALHO: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO

Vinicius Vieira Porto, Suzane Frantz Krug

Resumo


INTRODUÇÃO: Entende-se que há muito tempo, o conhecimento sobre o sofrimento do homem com a exaustão no seu trabalho devido ao medo, sede, fome e doenças, já trazia à tona desfechos desagradáveis no âmbito psicológico, hoje conhecido como estresse. Ao longo dos últimos anos, a saúde mental no trabalho vem se tornando amplamente discutida pelo mundo científico, fazendo com que se torne cada vez mais necessária a ampliação da discussão sobre o tema.  O estresse é uma resposta normal do nosso organismo frente a adversidades em que passamos, tais como sentimentos de ameaça ou que nos desequilibra emocionalmente. O estresse tem se tornado cada vez mais frequente em ambientes e processos de trabalho, contribuindo assim, para o desencadeamento de adoecimentos mentais relacionados ao trabalho. OBJETIVO: Elucidar aspectos do estresse no trabalho, trazendo características e definições conceituais, a fim de ampliar a discussão e reflexão do assunto no meio acadêmico. METODOLOGIA: Estudo bibliográfico, descritivo, desenvolvido na disciplina “Enfermagem na Atenção a Saúde do Trabalhador” do curso de graduação em Enfermagem da UNISC, no primeiro semestre de 2022. O estudo consistiu na pesquisa bibliográfica em artigos científicos e capítulos de livros do campo temático estudado.

PRINCIPAIS RESULTADOS: Não há consenso no mundo científico sobre a definição do estresse ocupacional, no entanto, a maioria das abordagens científicas dizem respeito a ser uma resposta a um desequilíbrio que envolve exigências e pressões no ambiente de trabalho e mecanismos de adaptação utilizados pelo trabalhador no seu dia a dia.  O sentimento de estresse surge a partir da percepção do trabalhador que não se sente capacitado ou não tem recursos para suprir as exigências de uma situação ou momento da sua vida, sendo assim, uma resposta inespecífica do corpo perante as exigências. Alguns dos fatores causadores podem ser classificados em aspectos que envolvem os âmbitos de  microssistema e macrossistema, onde aparecem condições de trabalho, fatores externos, internos e de controle emocional.  Frente a isso, o trabalhador pode ter uma resposta positiva ou negativa, dependendo das suas expectativas, equilíbrio e dos recursos do sistema. Em sua forma extrema, o estresse pode desencadear a Síndrome de Burnout.  Diversos são os fatores que podem desencadear o estresse, entre eles, a falta de segurança no trabalho, exigências físicas e psíquicas, falta de recursos, problemas interpessoais e falta de valorização profissional, podendo trazer insatisfação, preocupação e desavenças no ambiente de trabalho. Dentre os sintomas mais frequentes estão a fadiga física e mental, nervosismo, irritação, ansiedade, insônia, dificuldade de concentração e falha na memória. Como medidas preventivas, muitas instituições estão proporcionando novas estratégias aos colaboradores, como ginástica laboral, meditação, pausas estratégicas para conversação e relaxamento. CONCLUSÃO: Definitivamente o estresse no ambiente de trabalho está inserido nas discussões científicas, gerenciais e do trabalhador, devido sua importância, podendo desencadear problemas físicos e psíquicos, assim como, a queda de rendimento dos trabalhadores durante a jornada de trabalho. Falar e discutir sobre esse tema é dar importância à vida de milhares de trabalhadores que sofrem com rotinas exaustivas e trabalhos insalubres, de forma a prevenir esse agravo relacionado ao trabalho.



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ISSN 2764-2135