ABORDAGEM DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO TRATAMENTO DE PÉ DIABÉTICO
Resumo
O termo pé diabético é uma expressão, do estado fisiopatológico, utilizado para indicar ulceração, existência de infecção e tem por característica, lesões no pé que podem evoluir para perda de tecido cutâneo em pacientes portadores Diabetes Mellitus (DM), podendo ser associado, nos casos mais graves, à neuropatia diabética. Essa é uma das complicações mais recorrentes em pacientes que não têm o hábito de controlar seus níveis glicêmicos, causando um grande desconforto ao paciente para deambular, gerando efeitos socioeconômicos e, afetando sua qualidade de vida. OBJETIVO: Descrever as experiências vivenciadas por acadêmicos do Curso de Enfermagem e Fisioterapia - UNISC, no atendimento multiprofissional a um paciente portador de ferida em membro inferior, decorrente da doença DM. METODOLOGIA: Estudo de caso realizado durante as atividades multidisciplinar no Ambulatório de Feridas no Serviço de Reabilitação Física (SRFis) da Universidade de Santa Cruz do Sul. RESULTADO: Paciente L.L.M portador de DM, tipo II, 72 anos, sexo masculino, deambula com auxílio de muletas canadense, com lesão aberta, em membro inferior esquerdo, há 7 anos, sem bons resultados até o momento, por isso a procura pelo SRFis, segundo relatos do paciente. A lesão foi consequência de um acidente, ao pisar em um prego, no pátio de sua residência. Em 29 de Abril de 2022, após avaliação, ingressou no SRFis, com atendimentos semanais. A lesão apresenta 4cm de comprimento e 4cm de largura, irregular, cavitária, com ausência de secreção, hiperqueratose em perilesão e leito da ferida com tecido desvitalizado, até o momento não apresentou melhores resultados, devido sua alimentação e um controle glicêmico ineficaz. Nos atendimentos a enfermagem inicia realizando a antissepsia com soro fisiológico (SF) 0,9%, gaze e, em sequência, é realizado a aplicação de métodos eletroterapêuticos pela fisioterapia, os recursos eletroterapêuticos utilizados nos atendimentos são o alta frequência Ibramed, com eletrodo esférico pequeno por aproximadamente 10 minutos, com o objetivo de limpar e preparar a ferida para o processo de cicatrização realizado com laser portátil ILIB na frequência de 6J/cm em toda a área da ferida. Após a intervenção eletroterapêutica, aplicar Hidrogel, mantido hidratação da pele com óleo essencial de eucalipto em base carreadora de óleo de girassol, coberta com gazes, atadura e fixação. CONCLUSÃO: Este estudo teve como pontos marcantes as orientações multidisciplinares quanto a higiene e cuidados cotidianos do paciente, da ferida e a importância de uma alimentação adequada e saudável. Além disso evidencia-se que os atendimentos com os recursos eletrotermofototerapêuticos são importantes no processo de aceleração cicatricial e desta forma, contribuem para que as discussões multidisciplinares do caso sejam profícuas e busquem, aprimorar a terapêutica as quais são fundamentais para o êxito do tratamento.
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ISSN 2764-2135