FEIRAS DE SAÚDE: ATUAÇÃO DE PROJETOS DE EXTENSÃO NA COMUNIDADE

Djennifer Raquel da Rosa, Andreia Port Machado dos Santos, Patrícia Oliveira Roveda

Resumo


Introdução: O projeto de extensão Acessibilidade e Saúde: Interdisciplinaridade em Ação junto ao Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde) da Universidade de Santa Cruz do Sul/UNISC tem promovido diversas ações de promoção de saúde para públicos distintos. Dentre essas ações, destaca-se a participação em Feiras de Saúde, com diferentes atividades realizadas por uma equipe de professores e bolsistas de cursos da saúde. Eventos como estes, são fundamentais, pois promovem medidas de prevenção e assistência à comunidade, além da troca de experiências entre a equipe. Objetivo: Discorrer sobre os resultados obtidos em feiras de saúde quanto ao risco de quedas, equilíbrio estático, flexibilidade muscular e força de preensão palmar do público atendido. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência das atividades desenvolvidas na Fenachim e na Festa das Cucas realizadas respectivamente nas cidades de Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul, no primeiro semestre de 2022. As atividades foram realizadas por bolsistas do Acessibilidade e Saúde e estudantes do curso de Fisioterapia junto ao Pró-Saúde. Para verificar o equilíbrio estático foi realizado o Teste de Romberg, que consiste em solicitar ao indivíduo para que se mantenha em pé com os pés juntos, olhos fechados e mãos ao lado do corpo por um minuto. Oscilações na postura indicam resultado positivo. Para analisar o equilíbrio dinâmico utilizou-se o Teste Timed Up and Go (TUG) onde o sujeito deve levantar-se, andar uma distância de três metros, dar a volta e retornar à posição inicial. A flexibilidade de cadeia posterior de membros inferiores e coluna lombar, foi mensurada pelo Teste Terceiro Dedo ao Solo, em que é solicitado ao indivíduo uma flexão de tronco objetivando tocar os dedos no chão, e com fita métrica é medido a distância entre o terceiro dedo e o solo, resultados maiores de 10 cm indicam encurtamento muscular. Por fim, para quantificar a força de preensão palmar, foi realizado o Teste de Força de Preensão Palmar (FPP) com dinamômetro manual, o indivíduo sentado com ombro aduzido e cotovelo a 90°, realiza a preensão palmar, repete três vezes, sendo utilizado o maior valor. Os resultados eram repassados para cada indivíduo, e em caso de alterações, realizavam-se orientações em saúde. Resultados: A população atendida nas feiras foi composta por 38 indivíduos, sendo 26 do sexo feminino e 12 do masculino, com idade média de 46,2 anos, variando de 11 a 81 anos. Desses indivíduos, somente quatro apresentaram alterações no equilíbrio estático, sendo positivo o teste de Romberg. Quanto ao teste de TUG, 27 pessoas não apresentaram risco para quedas, enquanto nove mostraram baixo risco e 2, risco moderado. Os valores do teste de FPP mostraram que a grande maioria possui força de preensão palmar normal ou acima do esperado para a faixa etária. Em relação ao teste de flexibilidade, foi possível observar que a maioria não tem problemas de encurtamento muscular, todavia 14 apresentaram redução da flexibilidade, os valores variaram entre 0 a 31 cm. Conclusão: A parceria entre projetos de extensão universitária possibilita experiências diferenciadas, sendo a participação de estudantes e professores em ações extensionistas de extrema importância, pois além de beneficiar a população, aproxima o estudante da comunidade, propicia o relacionamento interpessoal e o desenvolvimento de novas habilidades, contribuindo para o crescimento profissional e pessoal.

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ISSN 2764-2135