SUCESSO DO ATENDIMENTO DE AMPUTADO BILATERAL DE MEMBRO INFERIOR

Kelvin Silveira da Silva, Pedro Arthur Goettems Azambuja, Sander Ellwanger, Angela Cristina Ferreira da Silva, Paula Bianchetti

Resumo


INTRODUÇÃO: Amputações bilaterais dos membros inferiores ocorrem em diferentes níveis e podem estar associadas a patologias vasculares, neuropáticas ou traumáticas. Para a reabilitação destes pacientes é fundamental a superação desta perda, motivação e desejo de sucesso no processo de reabilitação. Primeiramente são indicados os Stubbies, ou seja, próteses curtas sem articulações de joelho com pé tipo plataforma. Após o treinamento, inicia-se a fase de colocação dos componentes específicos para cada caso. Na protetização destes pacientes preconiza-se a maturação dos cotos e a segurança durante a utilização das próteses OBJETIVO: Socializar a reabilitação fisioterapêutica do amputado transfemoral bilateral e as fases de protetização. METODOLOGIA: Estudo de caso no periodo de setembro de 2021 a agosto de 2022 de um amputado transfemoral bilateral usuário do Serviço de Reabilitação Física (SRFis) da UNISC, por trombose advinda da COVID-19 em 2021, idade 55 anos, sexo masculino, colocação de stubbies entre dezembro de 2021 março de 2022, quando recebeu as próteses. Os atendimentos iniciaram em 03/09/2021 com a triagem no SRFis e posteriormente em dezembro de 2021  os atendimentos semanais até o momento. A proposta terapêutica centralizou-se: recursos cinesioterapêuticos com alongamentos, fortalecimentos, treino de equilíbrio com/sem o uso das próteses e pelo treinamento de marcha e adaptação às próteses entre as barras paralelas com Stubbies e próteses normais. As próteses são endoesqueléticas com diferenças importantes entre si. À direita encontra-se um joelho articulado e pé fixo e à esquerda joelho fixo e pé articulado. Este cruzamento se faz necessário para manter o equilíbrio e a estabilidade corporal do amputado na execução das suas atividades, dando-lhe segurança e autonomia. Resultados: Desde a triagem foram 27 atendimentos fisioterapêuticos realizados. Os avanços foram no sentido da preparação dos cotos, aquisição de equilíbrio em diferentes posturas e o desenvolvimento da marcha nas barras paralelas. A disciplina e a vontade do paciente durante esse processo é um dos fatores da sua rápida e eficaz evolução. Houveram 4 momentos de ajustes e intercorrências com as próteses como quebra do pé, fatores esses que estimularam a equipe na busca de alternativas de atendimento. Esse acompanhamento se faz necessário para avaliação e planejamento da melhor maneira possível de adaptação às próteses e consequentemente melhora significativa na qualidade de vida, fatores que garantem o sucesso da reabilitação com sua rápida evolução mesmo com intercorrências durante este processo. Conclusão: a reabilitação de amputados bilaterais é de forma gradativa e lenta porque requer toda reorganização do esquema e imagem corporal por isso ainda não liberamos para uso fora das barras paralelas porque há necessidade de mais treinamento os quais serão desenvolvidos a partir dos próximos atendimentos. Outro aspecto será o uso de andador ou um par de muletas canadenses. Este treinamento iniciou-se no mês de agosto de 2022 e apenas foi permitido ao paciente realizar o uso fora das barras paralelas nos atendimentos quando acompanhado pelos acadêmicos responsáveis, pois julgamos o tempo necessário para próxima etapa do processo de reabilitação combinado à liberação do paciente levar para casa suas próteses.Palavra-chaves: amputados, stubbies, protetização.

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ISSN 2764-2135