ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO EM PACIENTE HIPERTENSO E HIPERCOLESTEROLÊMICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Lilian Serafini, Lisoni Muller Morsch, Ediberto de Oliveira Machado, Danielle Cristina Luiz da Silva, Mênia Brandenburg Back, Paula de Melo Job, Julice Miyoshi Orui, Danieli de Souza, Marcia Moraes de Andrade Silva

Resumo


O acompanhamento farmacoterapêutico é uma das atribuições do profissional farmacêutico, que avalia o uso de medicamentos no intuito de melhorar a qualidade de vida do paciente, objetivando alcançar a efetividade no tratamento. A Hipertensão Arterial Sistêmica é caracterizada como uma doença crônica e um importante fator de risco para o desenvolvimento de problemas cardiovasculares. Ela é definida quando são encontrados valores pressóricos para uma pressão arterial sistólica de 140 mmHg e diastólica de 90 mmHg, ou maior. Já na condição de hipercolesterolemia, o organismo do indivíduo apresenta taxas elevadas de LDL, que pode ocasionar a formação de placas de gordura nas paredes dos vasos, resultando na obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo, aumentando o risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral. O tratamento requer mudanças no estilo de vida, como uma dieta equilibrada e a prática de atividade física e, se necessário, o uso de medicamentos. O objetivo deste estudo foi realizar acompanhamento farmacoterapêutico de paciente hipertenso e hipercolesterolêmico a fim de alcançar melhores resultados da farmacoterapia. O estudo foi realizado por estagiários da Farmácia Escola da UNISC, no período de mar a jul/22 e supervisionado pelas farmacêuticas do setor. O paciente foi entrevistado utilizando um prontuário de consulta farmacêutica e a metodologia SOAP foi adotada para registro dos dados subjetivos e objetivos do paciente, bem como, para avaliação destes dados e elaboração de um plano de cuidado. Posteriormente, uma nova consulta foi agendada com o paciente onde os estagiários realizaram as intervenções farmacêuticas de acordo com o plano de cuidado traçado e, quando necessário, encaminhamentos para outros profissionais da saúde. A paciente de 54 anos possui diagnóstico de hipertensão e hipercolesterolemia. Fazia uso de rosuvastatina 10mg (½ cp, noite) e atenolol 25mg (1 cp, manhã). Paciente também se queixou de insônia, dor no joelho, pressão oscilando e dor no peito. Alimenta-se bem, faz caminhada e relata que bebe pouca água. Na primeira consulta farmacêutica a pressão arterial estava em 120/80 mmHg, ou seja, dentro dos valores considerados ótimos. Os resultados dos seus últimos exames bioquímicos (nov/21) foram: Colesterol Total (119mg/dL), LDL (52mg/dL) e HDL (47mg/dL). Considerando estes dados, no plano de cuidado desta paciente foram sugeridas as seguintes intervenções farmacêuticas: baixar aplicativo para lembrar de beber água;  verificar a pressão arterial diariamente e principalmente, toda vez que sentir a dor no peito; prescrição de um medicamento fitoterápico para controlar a ansiedade e melhorar o sono; incluir na dieta alimentos que contenham fibras, vitamina C, vitaminas do complexo B, evitando carboidratos de absorção rápida, cafeína, e bebidas alcoólicas; e encaminhamento para o médico. Transcorridos alguns dias, a paciente retornou e informou que foi ao médico com o encaminhamento que recebeu e relatou que o mesmo promoveu uma alteração na sua medicação, receitando hidroclorotiazida 25mg (1 cp, manhã e noite) e maleato de enalapril 10mg (½ cp, manhã e noite) e solicitou um teste ergométrico. A pressão arterial da paciente estava controlada e não sentiu mais dores no peito. Conclui-se que o serviço farmacêutico de acompanhamento farmacoterapêutico permitiu alcançar a efetividade no tratamento farmacológico e melhorar a qualidade de vida da paciente.

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ISSN 2764-2135