ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO EM PACIENTE HIPERTENSO E HIPERCOLESTEROLÊMICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
O acompanhamento farmacoterapêutico é uma das atribuições do profissional farmacêutico, que avalia o uso de medicamentos no intuito de melhorar a qualidade de vida do paciente, objetivando alcançar a efetividade no tratamento. A Hipertensão Arterial Sistêmica é caracterizada como uma doença crônica e um importante fator de risco para o desenvolvimento de problemas cardiovasculares. Ela é definida quando são encontrados valores pressóricos para uma pressão arterial sistólica de 140 mmHg e diastólica de 90 mmHg, ou maior. Já na condição de hipercolesterolemia, o organismo do indivíduo apresenta taxas elevadas de LDL, que pode ocasionar a formação de placas de gordura nas paredes dos vasos, resultando na obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo, aumentando o risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral. O tratamento requer mudanças no estilo de vida, como uma dieta equilibrada e a prática de atividade física e, se necessário, o uso de medicamentos. O objetivo deste estudo foi realizar acompanhamento farmacoterapêutico de paciente hipertenso e hipercolesterolêmico a fim de alcançar melhores resultados da farmacoterapia. O estudo foi realizado por estagiários da Farmácia Escola da UNISC, no período de mar a jul/22 e supervisionado pelas farmacêuticas do setor. O paciente foi entrevistado utilizando um prontuário de consulta farmacêutica e a metodologia SOAP foi adotada para registro dos dados subjetivos e objetivos do paciente, bem como, para avaliação destes dados e elaboração de um plano de cuidado. Posteriormente, uma nova consulta foi agendada com o paciente onde os estagiários realizaram as intervenções farmacêuticas de acordo com o plano de cuidado traçado e, quando necessário, encaminhamentos para outros profissionais da saúde. A paciente de 54 anos possui diagnóstico de hipertensão e hipercolesterolemia. Fazia uso de rosuvastatina 10mg (½ cp, noite) e atenolol 25mg (1 cp, manhã). Paciente também se queixou de insônia, dor no joelho, pressão oscilando e dor no peito. Alimenta-se bem, faz caminhada e relata que bebe pouca água. Na primeira consulta farmacêutica a pressão arterial estava em 120/80 mmHg, ou seja, dentro dos valores considerados ótimos. Os resultados dos seus últimos exames bioquímicos (nov/21) foram: Colesterol Total (119mg/dL), LDL (52mg/dL) e HDL (47mg/dL). Considerando estes dados, no plano de cuidado desta paciente foram sugeridas as seguintes intervenções farmacêuticas: baixar aplicativo para lembrar de beber água; verificar a pressão arterial diariamente e principalmente, toda vez que sentir a dor no peito; prescrição de um medicamento fitoterápico para controlar a ansiedade e melhorar o sono; incluir na dieta alimentos que contenham fibras, vitamina C, vitaminas do complexo B, evitando carboidratos de absorção rápida, cafeína, e bebidas alcoólicas; e encaminhamento para o médico. Transcorridos alguns dias, a paciente retornou e informou que foi ao médico com o encaminhamento que recebeu e relatou que o mesmo promoveu uma alteração na sua medicação, receitando hidroclorotiazida 25mg (1 cp, manhã e noite) e maleato de enalapril 10mg (½ cp, manhã e noite) e solicitou um teste ergométrico. A pressão arterial da paciente estava controlada e não sentiu mais dores no peito. Conclui-se que o serviço farmacêutico de acompanhamento farmacoterapêutico permitiu alcançar a efetividade no tratamento farmacológico e melhorar a qualidade de vida da paciente.
Apontamentos
- Não há apontamentos.
ISSN 2764-2135