AUMENTO DOS CASOS DE DENGUE NAS REGIÕES DE SANTA CRUZ DO SUL E CACHOEIRA DO SUL: ROTA AEDES

Livia Nicolay Ferrari, Douglas Monteiro de Bitencourt, Paola Bico Cella, Ana Paula Helfer Schneider

Resumo


A dengue, uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti, teve numéricos recordes durante o início do ano de 2022. Como proposta de trabalho dentro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS, estabelecido pela Organização Mundial da Saúde, desenvolveu-se o estudo desse problema que faz parte da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar - Garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades – que se encaixa na meta 3.3 – “até 2030, acabar com as epidemias de AIDS, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas, e combater a hepatite, doenças transmitidas pela água, e outras doenças transmissíveis”. Dessa forma, esse projeto tem o objetivo de buscar a conscientização da população, como maneira de diminuir os casos de infecções pela dengue, principalmente em Cachoeira do Sul e Santa Cruz do Sul (cidades de residência dos alunos), buscando refletir meios de prevenção e conscientização na região. Para isso, houve coleta de dados sobre todas as informações necessárias para entender a situação epidemiológica nesses locais. Conversamos com a coordenadora do setor de combate a endemias que pertence a vigilância e ações em saúde, da Secretaria Municipal de Santa Cruz do Sul, a qual nos mostrou os processos já trabalhos no município.

Inicialmente, segundo o site do G1, no Rio Grande do Sul já registramos, de 1 de janeiro de 2022 até 29 de abril de 2022, 12 mortes por dengue, recorde histórico. Em todo 2021 foram registradas 11 mortes e em 2020 seis mortes. Na região de Cachoeira do Sul temos registrados 86 casos autóctones (contraídos na cidade) confirmados até o dia 23 de abril, segundo nota informativa do Estado. Em Santa Cruz do Sul até a mesma data haviam 184 casos autóctones confirmados, assim como comentado em conversa com a coordenadora do setor de combate a endemias que explica: “Estamos em um período preocupante pelo fator do calor e da chuva, viemos de uma seca muito grande com pouca água. E pela nossa experiência em 2019, surgiu final de abril e início de maio, o primeiro caso que tivemos de dengue na cidade e também, no ano passado, foi o período que começou a crescer o número de casos, mas com certeza o que aumenta muito é que muitas pessoas não fazem a sua parte”.

Diante desses resultados, observa-se que o número de casos vem aumentando e a preocupação da população com esse quadro é baixa e isso atenta a saúde pública em níveis regionais. Então, como iniciativa do grupo em amenizar o problema, foi criado um perfil na plataforma Instagram, chamado de “Rota Aedes”, com diversos posts e stories, categorizados sobre o número de casos, sintomas, formas de prevenção, contatos para denúncia ou mais informações, o qual alcança um número de seguidores já bem distintos.

O intuito do perfil é levar informações a população da região, por meio de posts impulsionados pelo Instagram ADs. A plataforma foi escolhida por que, segundo pesquisas realizadas pelo Opinion Box, o Brasil é o segundo país no ranking de número de usuários de Instagram no mundo e 92% dos usuários entram na rede social pelo menos uma vez por dia. O aporte financeiro para manter o projeto viria de parcerias com as prefeituras das cidades e busca de patrocínios entre empresas de dedetização e produtos para controle de pragas.


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ISSN 2764-2135