TELEATENDIMENTO À GESTANTE DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: RELATO DE EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA NA GRADUAÇÃO

Laís Veiga de Lima, Bruna de Macedo Pedroso, Juliana Campodonico Madeira, Fernanda Vargas Ferreira

Resumo


Introdução: O cenário da pandemia da COVID-19, especialmente, para gestantes, se tornou de risco para a saúde materno-infantil. Gestantes contaminadas pelo SARS-CoV-2 podem ser assintomáticas, no entanto, a intensidade do quadro clínico pode ser grave, podendo resultar em pré-eclâmpsia, prematuridade, sofrimento fetal e morte perinatal. No contexto da assistência fisioterapêutica à gestante, a literatura tem mostrado efeitos benéficos sobre nível pressórico e controle glicêmico, além de prevenir e tratar disfunções do assoalho pélvico (eg., incontinência urinária e constipação intestinal), bem como atenuar repercussões sobre a musculatura esquelética (eg., algias, desconforto, edema). Dado o isolamento social, as atividades online se tornaram comuns, havendo necessidade de normatização no atendimento fisioterapêutico, ao encontro das recomendações da Associação Brasileira de Fisioterapia em Saúde da Mulher (ABRAFISM). Objetivo: Descrever a experiência extensionista online voltada a gestantes de risco habitual. Metodologia: Relato de experiência de projeto de extensão (teleatendimento) registrado na instituição (10.012.21), ocorrido entre agosto de 2020 e setembro de 2021 e vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Fisioterapia e Saúde Pélvica (GEPEFISP) da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Participaram gestantes de todo o país, a partir da 13ª semana gestacional, maiores de 18 anos, classificadas como de risco habitual e com acesso à internet. Os teleatendimentos foram constituídos de roda de conversa com temas relativos ao ciclo gravídico-puerperal e de exercícios terapêuticos monitorados por fisioterapeutas e discentes do Curso de Fisioterapia. Resultados: Participaram 17 gestantes na faixa etária de 24 a 36 anos. Os teleatendimentos tiveram duração de 90 minutos e apresentaram, dentre os temas, “Massagem perineal”, “Aleitamento materno” e “Vias de nascimento” e aplicação de exercícios terapêuticos (eg., alongamentos, mobilizações, fortalecimentos). Além disso, usaram-se vídeos e modelos anatômicos para facilitar o entendimento das gestantes. Conclusão: Graças aos teleatendimentos, as gestantes participantes tiveram acesso à educação em saúde, a qual foi fundamentada conforme as suas necessidades e a exercícios terapêuticos de baixo impacto que tiveram como objetivo promover saúde. Adicionalmente, houve empatia, acolhimento e uma interação dialógica entre todos de forma horizontal e humanizada, o que reforçou a função social da universidade e a atuação do fisioterapeuta em Saúde da Mulher.

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ISSN 2764-2135