RELATO DE CASO: AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DE UMA CRIANÇA COM OBESIDADE APÓS 11 MESES DE ACOMPANHAMENTO NO AMBULATÓRIO VIDA LEVE.

Eduarda Lima Brum Magalhães, Fabiana Assmann Poll, Marília Dorneles Bastos, Taís Brutcher, Bianca Inês Etges, Isabel Pommerehn Vitiello, Nathália Lubers

Resumo


A alimentação e a nutrição constituem requisitos básicos para a promoção da saúde, possibilitando o crescimento e o desenvolvimento humano com qualidade de vida. Uma das ações do projeto de extensão “Promoção de hábitos alimentares saudáveis” é o ambulatório Vida Leve, que é um atendimento multidisciplinar, feito por estudantes e professores do curso de Medicina e Nutrição todas às terças-feiras no Serviço Integrado de Saúde (SIS)/UNISC. Tal prática é voltada para crianças e adolescentes que encontram-se com sobrepeso ou obesidade e visa a prevenção e tratamento destas condições e suas comorbidades voltadas à melhora dos hábitos de vida. Durante a consulta é feita uma anamnese dirigida às práticas alimentares, e dentre os costumes analisados, estão a frequência do consumo de vegetais, frutas, frituras, doces, sucos e refrigerantes e lanches e alimentos industrializados. Além disso, é feita uma avaliação antropométrica e dentre as medidas conferidas estão o peso e a altura para ser realizada a avaliação do índice de massa corporal (IMC). Visto que a obesidade na infância e adolescência tem se mostrado mais frequente, contar com serviços especializados e multiprofissionais que atuam com este público tem muita relevância, pois fazem prevenção para danos à saúde futuros e tendem a proporcionar mais qualidade de vida às pessoas. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar as mudanças de consumo alimentar e do escore Z do IMC de uma menina de seis anos que está em acompanhamento no ambulatório vida leve há 11 meses. Trata-se de um relato de caso, comparando os dados da anamnese e avaliação antropométrica da primeira consulta que foi realizada em dezembro/2020 e da última consulta que foi em novembro/2021. Os resultados obtidos após esses meses de acompanhamento foram de um menor consumo de frituras, sucos industrializados e refrigerantes e lanches e alimentos prontos, passando de 1 a 2 vezes por semana para esporádico, já a ingestão de frutas, vegetais e doces manteve-se a mesma durante os atendimentos. Além disso, a criança em questão tinha o hábito de repetir as principais refeições, e após serem trabalhadas questões de saciedade e atenção plena esse quesito foi melhorado. Ademais, houveram mudanças quanto ao IMC para idade (IMC/I) - na primeira consulta o valor foi de 19,5 kg/m² com escore Z de +2,90 e na última consulta o resultado foi de 20,48 kg/m² e escore Z +2,43, ambos são classificados obesidade. Por fim, concluímos que mediante a orientação e acompanhamento a paciente apresentou melhoras no decorrer das consultas, diminuindo a ingestão de frituras, sucos e refrigerantes e lanches e alimentos prontos, além de diminuir os índices do escore Z do IMC/I, entretanto não deixou de apresentar um quadro de obesidade. Desse modo, é favorável que a criança continue com o acompanhamento, para que essa tenha mais resultados positivos e significativos para a sua saúde.

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ISSN 2764-2135