RELATO DE CASO: AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DE UMA CRIANÇA COM OBESIDADE APÓS 11 MESES DE ACOMPANHAMENTO NO AMBULATÓRIO VIDA LEVE.
Resumo
A alimentação e a nutrição constituem requisitos básicos para a promoção da saúde, possibilitando o crescimento e o desenvolvimento humano com qualidade de vida. Uma das ações do projeto de extensão “Promoção de hábitos alimentares saudáveis” é o ambulatório Vida Leve, que é um atendimento multidisciplinar, feito por estudantes e professores do curso de Medicina e Nutrição todas às terças-feiras no Serviço Integrado de Saúde (SIS)/UNISC. Tal prática é voltada para crianças e adolescentes que encontram-se com sobrepeso ou obesidade e visa a prevenção e tratamento destas condições e suas comorbidades voltadas à melhora dos hábitos de vida. Durante a consulta é feita uma anamnese dirigida às práticas alimentares, e dentre os costumes analisados, estão a frequência do consumo de vegetais, frutas, frituras, doces, sucos e refrigerantes e lanches e alimentos industrializados. Além disso, é feita uma avaliação antropométrica e dentre as medidas conferidas estão o peso e a altura para ser realizada a avaliação do índice de massa corporal (IMC). Visto que a obesidade na infância e adolescência tem se mostrado mais frequente, contar com serviços especializados e multiprofissionais que atuam com este público tem muita relevância, pois fazem prevenção para danos à saúde futuros e tendem a proporcionar mais qualidade de vida às pessoas. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar as mudanças de consumo alimentar e do escore Z do IMC de uma menina de seis anos que está em acompanhamento no ambulatório vida leve há 11 meses. Trata-se de um relato de caso, comparando os dados da anamnese e avaliação antropométrica da primeira consulta que foi realizada em dezembro/2020 e da última consulta que foi em novembro/2021. Os resultados obtidos após esses meses de acompanhamento foram de um menor consumo de frituras, sucos industrializados e refrigerantes e lanches e alimentos prontos, passando de 1 a 2 vezes por semana para esporádico, já a ingestão de frutas, vegetais e doces manteve-se a mesma durante os atendimentos. Além disso, a criança em questão tinha o hábito de repetir as principais refeições, e após serem trabalhadas questões de saciedade e atenção plena esse quesito foi melhorado. Ademais, houveram mudanças quanto ao IMC para idade (IMC/I) - na primeira consulta o valor foi de 19,5 kg/m² com escore Z de +2,90 e na última consulta o resultado foi de 20,48 kg/m² e escore Z +2,43, ambos são classificados obesidade. Por fim, concluímos que mediante a orientação e acompanhamento a paciente apresentou melhoras no decorrer das consultas, diminuindo a ingestão de frituras, sucos e refrigerantes e lanches e alimentos prontos, além de diminuir os índices do escore Z do IMC/I, entretanto não deixou de apresentar um quadro de obesidade. Desse modo, é favorável que a criança continue com o acompanhamento, para que essa tenha mais resultados positivos e significativos para a sua saúde.
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ISSN 2764-2135