ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DAS MEMBRANAS DE QUITOSANA COM ÓLEOS ESSENCIAIS ISOLADOS E ASSOCIADOS
Resumo
Introdução: As infecções à assistência à saúde (IRAS) têm se tornado um assunto de relevância na sociedade contemporânea por aumentar o risco de mortalidade e morbidade aos pacientes. A fim de reduzir resíduos hospitalares e contribuir para a redução de IRAS, sistemas de prevenção estão sendo implementados como o uso de curativos de proteção e prevenção de feridas compostos por biofilmes naturais com propriedades antimicrobianas. A quitosana é um polímero natural e promissor na área médica que apresenta atividade antimicrobiana. Aliado a este biopolímero, nota-se um apelo na busca de compostos naturais, como é o caso dos óleos essenciais que denotam benefícios farmacológicos. Diante dos variados tipos de óleos essenciais disponíveis tem-se o Thymus capitatus (orégano) e Eugenia caryophyllus (cravo), que possuem ação antimicrobiana contra diferentes microrganismos. Objetivo: Avaliar a atividade antimicrobiana dos filmes de quitosana com um único óleo essencial e/ou sua associação aos óleos de orégano e cravo. Metodologia: O biofilme de quitosana foi preparado a partir de uma solução de ácido acético glicerol e Tween 80 sob agitação. À essa solução foram adicionados óleos essenciais de T. capitatus e E. caryophyllus isolados e associados em determinadas concentrações, após foram mantidos sob agitação por 90 min. Posteriormente, as amostras foram pesadas em placas de Petri (15g) e colocadas em estufa com circulação de ar forçada a 35ºC durante 72 horas. A atividade antimicrobiana foi realizada através do método disco-difusão em ágar, utilizando os biofilmes cortados em forma de discos. As suspensões microbianas utilizadas foram de Staphylococcus aureus e Escherichia coli, as quais foram semeadas em ágar Mueller Hinton (bactérias) e ágar Sabouraud (levedura). Os halos de inibição foram interpretados após a incubação das amostras em estufa 36ºC (±1ºC) por 24 horas. Resultados: Para os testes realizados com biofilmes aos óleos isolados, o óleo de orégano apresentou os halos para S. aureus de 21,7 mm, para a E. coli de 0,0mm. O óleo de cravo apresentou halos para S. aureus de 8,51 mm, para a E. coli de 8,38mm. Já, os biofilmes contendo a associação dos óleos de orégano e cravo apresentaram os halos de 9,28 mm para o S. aureus; 8,52 mm para a E.coli. Conclusão: Diante do exposto, conclui-se que a associação dos óleos de cravo e orégano não apresentaram sinergismo frente aos microrganismos testados. APOIO: O presente trabalho foi realizado com apoio da CAPES - Código de Financiamento 001.
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ISSN 2764-2135