O BULLYING NO CONTEXTO DA PEDIATRIA: CONHECIMENTO MÉDICO E INFORMAÇÃO PARA AS CRIANÇAS

Gabriel Couto Machado, Janaína Carine Beling, Maria Eduarda Renner, Daniela Cardoso Batista, Joel Fernando Ellert, Lourenço Bitencourt Sartori, Camila Becker, Marília Dornelles Bastos, Tatiana Kurtz, Fabiani Waechter Renner

Resumo


INTRODUÇÃO: A transição da infância para a fase adulta é acompanhada por mudanças psicológicas, fisiológicas e de organização social. Tais transformações podem criar cenários que propiciem a violência física e/ou moral entre indivíduos. O bullying, a partir disso, é moldado em uma estrutura de hierarquia, na qual o agressor se sente superior à vítima e, então, comete agressão - física, verbal ou socialmente - aquele que julga ser inferior nesse meio em que convive. Por isso, o profissional médico necessita compreender essa complexa relação entre agressor e vítima, para assim promover um atendimento pediátrico efetivo , estimulando as boas relações no convívio entre as crianças. OBJETIVOS: Verificar os principais aspectos do bullying e suas práticas, como isso interfere na saúde de infantes, permeando o conhecimento dessa dinâmica, pode auxiliar médicos na qualidade do atendimento, bem como estimular práticas de tolerância para os pacientes pediátricos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, entre os dias 09 a 12 de agosto, onde foram pesquisados artigos sobre o tema, publicados no período de janeiro de 2017 a julho de 2022 nas bases de dados: SciELO Brasil, LILACS, PubMed e Scopus; em língua portuguesa ou inglesa, disponíveis gratuitamente em sua íntegra. Os descritores - vinculados ao DeCS/MeSH - foram: bullying, educação médica, criança e comportamento das crianças; ambos os descritores foram manejados com o operador booleano “AND”. A busca resultou em 24 publicações (nenhuma na SciELO Brasil e na LILACS, seis na PubMed e dezoito na Scopus). Após aplicar os critérios de inclusão e exclusão utilizados pelo estudo - leitura dos títulos e resumos - foram selecionados 6 artigos. PRINCIPAIS RESULTADOS: As amostras dos artigos selecionados referenciam alunos matriculados em colégios primários, de diferentes regiões do mundo, e suas relações com o ambiente escolar, além de intervenções anti-bullying, que também acabam fazendo parte de estratégias em saúde, na medida em que lidam com determinantes sociais. Indícios da correlação entre bullying e transtorno comportamental se fizeram presentes nos artigos estudados, com possibilidade de interfaces genéticas ainda desconhecidas. Dessa forma, um atendimento pediátrico que visa promover tanto a tolerância, quanto a qualidade do suporte aos personagens do bullying, precisa considerar que esse comportamento, o qual persiste no ambiente escolar, possui diversas variações e impactos na vida das crianças, sob ponto de vista psicológico ou social. Sendo assim, torna-se essencial que o profissional compreenda que o meio no qual essa criança está inserida é determinante e deve ser ponderado em um possível método terapêutico. CONCLUSÕES: O reconhecimento, por parte do médico, dos comportamentos e consequências que permeiam o bullying em fase escolar, é de extrema importância mediante a sua responsabilidade em promover um atendimento centrado na individualidade destes pacientes. Ademais, práticas antibullying em contexto escolar também podem contribuir para a promoção da saúde, na medida em que auxiliam na formação de cidadãos mais tolerantes e menos agressivos.

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ISSN 2764-2135