DEPRESSÃO PÓS PARTO: OS MEIOS DE ATENDIMENTO E SUPORTE OFERECIDOS PARA AS MÃES NA RESOLUÇÃO DESSA PATOLOGIA PUERPERAL

Maria Antônia Bombardelli Cereser, Giovanna Seibert Gonzatti, João Vitor Milbradt dos Santos, Lara Trigo Alvarez, Letícia Bennemann, Maria Eduarda Renner, Lia Gonçalves Possuelo

Resumo


INTRODUÇÃO: A depressão pós-parto (DPP) é caracterizada por uma variedade de alterações emocionais maternas após o nascimento do bebê, como incapacidade de sentir prazer na maternidade, choro espontâneo, humor deprimido, ansiedade, ataque de pânico e, às vezes, pensamentos suicidas. Sabe-se que esse quadro psicológico puerperal, acarreta prejuízos psicológicos na mãe, no filho e na relação materno-infantil. Desse modo, devido ao momento vulnerável em que mãe e filho se encontram, faz-se necessário um ambiente acolhedor para minimizar a depressão puerperal e promover instrumentos terapêuticos para os sujeitos. OBJETIVO: Avaliar quais os métodos de atendimento materno-infantil no puerpério traz mais benefícios à resolução da depressão pós parto. REVISÃO DE LITERATURA: Para a obtenção de artigos científicos para a realização da revisão sistemática, foram inseridos os descritores “Maternal-Child Health Services” AND “Postpartum Depression” AND “Humanization Assistance” AND “Postpartum Period” AND “Maternal and Child Health” nas bases de dados Scopus, Web of Science e Scielo, com a restrição de período de 2018-2022. Foram encontrados 42 artigos com tais descritores, sendo 13 da Scopus, 29 da Web of Science e 0 da Scielo. Desses 42, 30 foram descartados pela leitura do título, 2 pela leitura do resumo, 2 por serem idênticos e 1 por não ser encontrado sua forma original. Disso, resultou-se em um total de 7 artigos para análise, sendo 2 da Scopus e 5 da Web of Science. DISCUSSÃO: Dos 7 artigos analisados percebemos a forte relação do baixo índice socioeconômico/sociocultural e do acesso precário à rede de saúde com o aumento da DPP, o que favorece a desinformação e a falta de apoio multidisciplinar para a resolução dessa enfermidade materna. Nesse sentido, em relação aos tratamentos atuais oferecidos - e mais escolhidos - às mulheres diagnosticadas com DPP podem-se citar os antidepressivos, a terapia psicodinâmica, a terapia interpessoal e as terapias cognitivo-comportamentais (TCC), o uso de vídeo feedback e o auxílio dos relaxantes musculares. Além disso, para a realização dos atendimentos privados de saúde mental - modelo de tratamento preferível das mães com DPP -, destacam-se como os locais optados o atendimento em domicílio, a clínica de saúde comunitária e os centros de saúde materno-infantil. A partir disso, os profissionais preferidos foram psicólogos, terapeutas alternativos e médicos de família. É importante destacar que as mães com depressão puerperal são menos propensas a procurar tratamento em geral, inclusive para as suas crianças, já que se observa que o número de consultas preventivas, como a puericultura, é bem menor em relação às mães não afetadas por essa patologia. Sucede-se, assim, um desenvolvimento problemático, tendo uma infância com intercorrências, as quais sobretudo representam consultas em serviços de emergência, ou seja, mais graves. CONCLUSÃO: Devido aos efeitos negativos dos sintomas de DPP na mãe e no bebê, a detecção e o tratamento precoce de mulheres com esse quadro é de grande importância para a saúde pública. Dentre os métodos de atendimento materno-infantil no puerpério revisados, conclui-se que a rede de apoio e fornecimento de conhecimento são essenciais para que as mães busquem os tratamentos que melhor se adequem às suas necessidades e realidades. Isso se faz necessário para que essas possam passar por esse período de grandes modificações físicas e emocionais de maneira mais segura e confortável.

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ISSN 2764-2135