DEPRESSÃO PÓS PARTO: OS MEIOS DE ATENDIMENTO E SUPORTE OFERECIDOS PARA AS MÃES NA RESOLUÇÃO DESSA PATOLOGIA PUERPERAL
Resumo
INTRODUÇÃO: A depressão pós-parto (DPP) é caracterizada por uma variedade de alterações emocionais maternas após o nascimento do bebê, como incapacidade de sentir prazer na maternidade, choro espontâneo, humor deprimido, ansiedade, ataque de pânico e, às vezes, pensamentos suicidas. Sabe-se que esse quadro psicológico puerperal, acarreta prejuízos psicológicos na mãe, no filho e na relação materno-infantil. Desse modo, devido ao momento vulnerável em que mãe e filho se encontram, faz-se necessário um ambiente acolhedor para minimizar a depressão puerperal e promover instrumentos terapêuticos para os sujeitos. OBJETIVO: Avaliar quais os métodos de atendimento materno-infantil no puerpério traz mais benefícios à resolução da depressão pós parto. REVISÃO DE LITERATURA: Para a obtenção de artigos científicos para a realização da revisão sistemática, foram inseridos os descritores “Maternal-Child Health Services” AND “Postpartum Depression” AND “Humanization Assistance” AND “Postpartum Period” AND “Maternal and Child Health” nas bases de dados Scopus, Web of Science e Scielo, com a restrição de período de 2018-2022. Foram encontrados 42 artigos com tais descritores, sendo 13 da Scopus, 29 da Web of Science e 0 da Scielo. Desses 42, 30 foram descartados pela leitura do título, 2 pela leitura do resumo, 2 por serem idênticos e 1 por não ser encontrado sua forma original. Disso, resultou-se em um total de 7 artigos para análise, sendo 2 da Scopus e 5 da Web of Science. DISCUSSÃO: Dos 7 artigos analisados percebemos a forte relação do baixo índice socioeconômico/sociocultural e do acesso precário à rede de saúde com o aumento da DPP, o que favorece a desinformação e a falta de apoio multidisciplinar para a resolução dessa enfermidade materna. Nesse sentido, em relação aos tratamentos atuais oferecidos - e mais escolhidos - às mulheres diagnosticadas com DPP podem-se citar os antidepressivos, a terapia psicodinâmica, a terapia interpessoal e as terapias cognitivo-comportamentais (TCC), o uso de vídeo feedback e o auxílio dos relaxantes musculares. Além disso, para a realização dos atendimentos privados de saúde mental - modelo de tratamento preferível das mães com DPP -, destacam-se como os locais optados o atendimento em domicílio, a clínica de saúde comunitária e os centros de saúde materno-infantil. A partir disso, os profissionais preferidos foram psicólogos, terapeutas alternativos e médicos de família. É importante destacar que as mães com depressão puerperal são menos propensas a procurar tratamento em geral, inclusive para as suas crianças, já que se observa que o número de consultas preventivas, como a puericultura, é bem menor em relação às mães não afetadas por essa patologia. Sucede-se, assim, um desenvolvimento problemático, tendo uma infância com intercorrências, as quais sobretudo representam consultas em serviços de emergência, ou seja, mais graves. CONCLUSÃO: Devido aos efeitos negativos dos sintomas de DPP na mãe e no bebê, a detecção e o tratamento precoce de mulheres com esse quadro é de grande importância para a saúde pública. Dentre os métodos de atendimento materno-infantil no puerpério revisados, conclui-se que a rede de apoio e fornecimento de conhecimento são essenciais para que as mães busquem os tratamentos que melhor se adequem às suas necessidades e realidades. Isso se faz necessário para que essas possam passar por esse período de grandes modificações físicas e emocionais de maneira mais segura e confortável.
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ISSN 2764-2135