AMBULATÓRIO DE DOENÇAS INFECCIOSAS SIS-UNISC

Gabriel Soares Colbek, Isabela Lazaroto Swarowsky, Bianca Piccoli Bonatti, Cristiane Pimentel Hernandes

Resumo


INTRODUÇÃO: O ambulatório de doenças infeciosas entrou em funcionamento em fevereiro de 2020 e, desde o início das operações, fornece atendimento no Serviço Integrado de Saúde (SIS) da UNISC. OBJETIVOS: Evidenciar, entre os anos de 2020 e 2021, o perfil epidemiológico mais prevalente, o principal motivo das consultas e o grau de satisfação do usuário com atendimento no ambulatório. METODOLOGIA: Foram atendidos pacientes adultos e pediátricos, com diagnóstico ou suspeita de doenças infectocontagiosas e parasitárias no período de fevereiro de 2020 e dezembro de 2021. A coleta de dados foi realizada através da análise de prontuários dos pacientes juntamente com a aplicação de um questionário ao final das consultas. PRINCIPAIS RESULTADOS: Durante o período estudado foram contabilizados 181 atendimentos, sendo 110 pacientes novos e 71 reconsultas. O percentual de reconsultas ficou em 39,22%. A variação de gênero entre os pacientes atendidos ficou assim distribuída: 89 pessoas do sexo masculino, 77 do sexo feminino, 8 mulheres trans e 7 homens trans. A idade dos pacientes atendidos variou entre 0 e 73 anos, sendo a média de idade de 39,74 anos. Do total de pacientes atendidos, 134 eram brancos, 38 pardos e 9 pretos. Quando questionados sobre o estado civil, 31 pacientes (46,26%) referiram estar casados, 19 (28,35%) em relacionamento estável, 10 (14,92%) solteiros, 1 (1,49%) viúvo, 1 (1,49%) divorciado e 5 (7,46%) não quiseram responder ou não tinham certeza de seu estado civil. Quando questionados sobre a escolaridade, 7 (3,86%) pacientes relataram possuir ensino superior completo, 5 (2,76%) superior incompleto, 72 (39,77%) ensino médio completo, 13 (7,18%) ensino médio incompleto, 21 (11,6%) ensino fundamental completo, 45 (24,86%) fundamental incompleto, 3 (1,65%) estavam na pré-escola ou eram não-alfabetizados e 15 (8,28%) não informaram. Desses pacientes, a grande maioria possui alguma ocupação (55,24%) ou é aposentado (28,35%), apenas 11 estavam desempregados (16,41%). A principal queixa das consultas médicas no ambulatório foi condiloma genital masculino (16 atendimentos), seguido de úlceras de pele (6 atendimentos), sífilis adquirida (5 atendimentos) e toxoplasmose gestacional (5 atendimentos). Outros motivos de atendimento foram herpes simples, herpes zóster, febre de origem obscura, doença inflamatória pélvica, infecção pelo vírus HIV e paraparesia espástica causada pelo vírus HTLV. Outrossim, cerca de 146 pacientes responderam a, pelo menos, uma pergunta do questionário da pesquisa de satisfação. Quando solicitados a indicar o grau de satisfação com o atendimento recebido, 111 pessoas indicaram estar totalmente satisfeitas, 26 satisfeitas, 1 nem satisfeita, nem insatisfeita e 8 totalmente insatisfeita. Sendo assim, o percentual de satisfação global com o atendimento foi de 93,82%. Quando questionados se tiveram seu problema de saúde resolvido e/ou esclarecido, 121 pessoas responderam que sim e 25 em parte. CONCLUSÕES: Apesar das dificuldades encontradas em função da Pandemia de 2020, o ambulatório pôde atender um número significativo de pacientes de forma a aliviar a pressão sobre a rede de saúde do município, oferecendo mais uma opção para o usuário do sistema. Ademais, a disponibilidade de um ambulatório de atendimento médico e multiprofissional proporciona enormes benefícios à população em termos de prevenção e tratamento de doenças infectocontagiosas, tais como as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

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ISSN 2764-2135