RELAÇÃO ENTRE OBESIDADE INFANTIL E AGRAVOS DA INFECÇÃO POR COVID-19: UMA REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA

Carolina Bracht Tonel, Isabela Frighetto, Juliana Rafaela Bloemker, Caroline Krieger de Moraes, Danielly Joani Bulle

Resumo


INTRODUÇÃO: A obesidade infantil é uma patologia de origem multifatorial, tendo como característica o excesso de tecido gorduroso no organismo e representa um problema de saúde pública mundial, especialmente pelo expressivo crescimento de casos nas últimas décadas. A infecção por COVID-19 possui como sintomas mais frequentes a cefaleia, tosse, mialgia, fadiga, febre e dispneia. No público pediátrico, quando em comparação com adultos, a doença ocorre com características mais leves e poucos agravos. Porém, algumas crianças podem ter manifestações e complicações graves, especialmente quando há presença de condições clínicas pré-existentes, sendo a obesidade uma das principais. OBJETIVO: Realizar uma revisão da bibliografia acerca da relação entre a obesidade infantil e agravos da infecção por COVID-19. METODOLOGIA: Esta é uma revisão sistemática da literatura, de caráter exploratório e retrospectivo, realizada na base de dados Google Acadêmico entre 15 e 19 de julho de 2022, utilizando os descritores Obesidade Infantil E Covid-19 em pediatria. Foram selecionados 3 artigos para a escrita do resumo. O critério de inclusão foi: artigos publicados a partir de 2020. Critérios de exclusão foram artigos publicados antes de 2020, com o texto completo não disponível ou não relacionados com o objetivo do estudo. PRINCIPAIS RESULTADOS: A obesidade gera prejuízos de caráter respiratório, metabólico, cardíaco e de locomoção ao indivíduo pediátrico. Além disso, está associada com a inflamação subclínica crônica, resposta imunodeficiente e doenças cardiorrespiratórias subjacentes. O excesso de tecido adiposo aumenta a pressão abdominal que, por sua vez, restringe movimentos musculares, provocando uma deficiência de homeostase ao sistema respiratório. Esses fatores acarretam uma maior morbimortalidade para crianças e adolescentes obesos com COVID –19. Ademais, as restrições sanitárias trazidas pela pandemia geraram uma limitação das práticas de atividades físicas- fator primordial para a prevenção de obesidade. Simultaneamente, a alimentação de crianças e adolescentes diminuiu de qualidade durante o período pandêmico, principalmente pela maior disponibilidade de alimentos altamente industrializados e pelo maior consumo gerado pela ansiedade do período. Tais fatores ocasionaram uma expressiva incidência de obesidade para a faixa etária supracitada. CONCLUSÕES: A obesidade é um agravante ao quadro sistêmico infeccioso, especialmente por causar uma fragilização patológica, principalmente uma supressão imune, inflamação subclínica e alterações cardiorrespiratória conjuntas, com destaque para a restrição dos movimentos respiratórios pela quantidade abundante de tecido adiposo. Dessa maneira, a obesidade é considerada como um fator de risco para agravos nas manifestações em pacientes pediátricos contaminados pelo Covid-19. Palavras-Chave: obesidade infantil, covid-19, covid-19 em pacientes pediátricos

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


ISSN 2764-2135