PREVALÊNCIA DE COINFECÇÃO ENTRE SARS-COV-2 E INFLUENZA A

Erika Barreto Knod, Lia Gonçalves Possuelo, Andreia Rosane de Moura Valim, Bruna Israel Lima

Resumo


Introdução: Desde o início da pandemia de coronavírus, existem preocupações persistentes em torno da possibilidade de uma “twindemia” com influenza, principalmente porque a pandemia de COVID-19 se estende pelas temporadas de influenza. Em meio ao aumento contínuo de casos de coronavírus associados à variante Omicron, relatórios recentes de pacientes com teste positivo para o vírus SARS-Cov-2 e influenza, foram apelidados de pacientes “flurona”, termo criado para nomear a coinfecção por coronavírus e influenza. Alguns estudos relataram que até 20% dos casos de COVID-19 podem demonstrar coinfecção com outros vírus respiratórios. Os vírus da gripe, são patógenos respiratórios virais que infectam humanos, representando uma ameaça à saúde pública. Causando inflamação respiratória aguda em humanos e sintomas como febre alta, dores no corpo e fadiga. Existem 4 tipos de vírus da gripe: A, B, C e D. O vírus da gripe humana A (IAV) possui alto potencial infeccioso podendo causar pandemias, como a pandemia de gripe espanhola em 1918-1919, causada pelo vírus influenza A(H1N1), e a mais recente pandemia de gripe suína em 2009, causada pela gripe pandêmica do Vírus A(H1N1) (A[H1N1]pdm09). Objetivo: Identificar a prevalência de coinfecção entre SARS-CoV-2 e Influenza A (H1N1) em amostras clínicas de pacientes provenientes de Santa Cruz do Sul. Metodologia: foi realizado um estudo transversal em que foram incluídas amostras provenientes da rotina do laboratório de Diagnóstico de Covid-19 em Santa Cruz do Sul (TecnoUnisc), no período de Junho de 2022 a Agosto de 2022. A extração de ácidos nucleicos foi realizada por automação utilizando o kit comercial MagMAX CORE Nucleic Acid Purification Kit™. Para a RT-qPCR, foi utilizado o sistema AGPATH. Os dados foram coletados do banco de dados do laboratório de Biologia Molecular do TecnoUnisc. Resultados: Foram analisadas 92 amostras, sendo elas 46 (50%) positivas para o vírus SARS-CoV-2 e 46 (50%) negativas. Destas, 12 (13%) amostras positivas para o coronavírus, positivaram também para o vírus Influenza A. Entre as amostras negativas para Covid-19, 9 (9,8%) positivaram para o vírus Influenza A. Conclusão: Desta forma podemos observar que há uma taxa considerável de 13% de pacientes coinfectados com os vírus respiratórios sendo necessária uma conscientização e ampliação de conhecimento de possíveis fontes transmissoras e situações de risco passíveis de serem bloqueadas a fim de diminuir estas circulações virais e o risco de colapso do sistema de saúde regional.

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ISSN 2764-2135