Mostra de Extensão, Ciência e Tecnologia da Unisc

INTRODUÇÃO: A meningite bacteriana é uma infecção que causa a inflamação das meninges, tecidos que recobrem a região cerebral e a medula espinal. A população pediátrica é uma das mais acometidas pela doença, devido à imaturidade do seu sistema imunológico. Logo, deve-se conhecer seus aspectos patognomônicos, a fim de possibilitar o tratamento precoce e impedir o surgimento de complicações. OBJETIVO: Avaliar quais os aspectos patognomônicos da meningite bacteriana na população pediátrica em comparação a outras infecções bacterianas. METODOLOGIA: Revisão da literatura, utilizando o recorte temporal de 2015 a 2022 em bases de dados Lilacs, PubMed e Redalyc nas línguas portuguesa, espanhola e inglesa, utilizando os descritores: Meningitidis, Bacterial AND Signs and Symptons AND Child AND Infections AND Bacteria. Foram identificados 169 artigos, sendo 111 excluídos após a aplicação dos filtros: publicação entre 2015 e 2022 e em língua portuguesa, inglesa ou espanhola - totalizando 58 artigos. Não havia duplicidades entre os artigos. Após a análise de títulos e resumos, 50 artigos foram excluídos. Por fim, foi realizada a leitura do texto completo de 8 artigos, sendo 3 excluídos por terem conteúdo incompatível com a pergunta de pesquisa. Dessa forma, 5 artigos foram incluídos na escrita do presente estudo. RESULTADOS: Os estudos apresentaram sinais sistêmicos como principais elementos patognomônicos dessa mazela - principalmente gastrointestinais e neurológicos, tendo como destaque, os seguintes sinais de alerta: febre, vômitos, diarréia, alteração do estado mental e irritação meníngea - geralmente detectada no exame físico pelas manobras de Kernig e de Brudzinski positivos. Além disso, achados laboratoriais como a proteína C reativa elevada, a cultura de líquor com aspecto turvo e os exames de tomografia computadorizada de crânio com alterações na região encefálica - atentando-se especialmente para a hidrocefalia - são indicadores clássicos de meningite, servindo então como uma referência patognomônica para o diagnóstico. CONCLUSÃO: As infecções no sistema nervoso central ainda representam uma elevada morbimortalidade em pacientes pediátricos. O quadro clínico pode apresentar febre, sinais focais neurológicos, rigidez de nuca, alterações do estado mental, vômitos, dentre outros. Importante atentar para a possibilidade de sequelas neurológicas severas, sendo as mais prevalentes perda auditiva, déficit nervoso e choque séptico, que pode levar à óbito. Portanto, é essencial que o diagnóstico e o tratamento sejam precoces para prevenir tais situações.