ESTUDO TAXONÔMICO DA COMUNIDADE DE ALGAS DIATOMÁCEAS EPILÍTICAS DE NASCENTES NA BACIA DO ARROIO ANDRÉAS, RS, E DE NASCENTES NA BACIA DO RIO TURVO, RS, BRASIL
Resumo
Palavras-chave: Diatomáceas epilíticas. Taxonomia. Bioindicadores.
As diatomáceas (Classe Bacillariophyceae) são algas unicelulares microscópicas fotossintetizantes, adaptadas a passar parte ou todo o tempo da sua vida em suspensão em águas abertas oceânicas ou continentais (planctônicas). As diatomáceas de ambientes aquáticos continentais que não são planctônicas, por sua vez, incluem indivíduos que crescem sobre outras plantas (epifíton), sobre rochas (epilíton), sobre grãos de areia (episamon) ou sobre o sedimento (epipelon). A taxonomia das diatomáceas está baseada na morfologia da parede de sílica, chamada de frústula, refinadamente esculpida. A frústula é composta de sílica polimerizada (SiO2.nH2O), e está dividida em duas metades (valvas) que se encaixam como uma placa de Petri. Dentre os principais caracteres utilizados na taxonomia destacam-se, dentre outros, a forma (extremidades da valva, manto), e a estrutura da estria, aréolas e poros (forma, tamanho e preenchimento). Cabe salientar que as diatomáceas, particularmente as epilíticas (que vivem sobre rochas), se utilizam mundialmente como bioindicadores para a detecção de alterações na qualidade da água em ambientes aquáticos, sendo, portanto, de fundamental importância o conhecimento taxonômico dos táxons que constituem a diatomoflora. Neste contexto, a pesquisa objetivou realizar um estudo taxonômico em nascentes da Bacia Hidrográfica (BH) do Arroio Andréas, RS, e em nascentes da BH dos rios Turvo, Santa Rosa e Santo Cristo, RS, Brasil, ampliando o conhecimento sobre a flora diatomológica em águas doces continentais sul brasileiras. Foram utilizadas três lâminas permanentes da BH do Arroio Andreas (EL 1434, EL 1466 e EL 1482), e foram realizadas três coletas no mês de abril de 2022, em três pontos no Rio Santo Cristo, BH do Turvo. Após a coleta foi realizada a preparação de lâminas permanentes para observação, sendo depositadas no Herbário DIAT-UNISC. Os resultados preliminares indicaram a ocorrência de 118 espécies distribuídas em 44 gêneros, destacando como espécies abundantes os seguintes táxons: Achnanthidium exiguum var. constrictum (Grunow) N.A. Andresen, Stoermer & Kreis, Adlafia drouetiana (R.M. Patrick) Metzeltin & Lange-Bertalot, Cocconeis placentula var. acuta F. Meister, Cocconeis lineata Ehrenberg, Gomphonema lagenula Kützing, Geissleria punctifera (Hustedt) Lange-Bertalot, Humidophila lacunosa (Gerd Moser, Lange-Bertalot &Metzeltin) R.L. Lowe et al., Navicula cryptotenella Lange-Bertalot, Navicula symmetrica R.M. Patrick, Nitzschia amphibia Grunow, Nitzschia palea (kützing) W. Smith, Planothidium bagualense C.E. Wetzel & Ector, Platessa hustedtii (Krasske) Lange-Bertalot, Pleurosira laevis (Enrenberg) Compère, Sellaphora audreekie D.G. Mann & S.M. McDonald in Mann et al., e Sellaphora saugerresii (Desmazières) C.E. Wetzel & D.G. Mann in Wetzel et al.
Apoio/Agência de Fomento: UNISC.
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ISSN 2764-2135