INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA, DISPAREUNIA E DIÁSTASE ABDOMINAL: UM ESTUDO DE CASO

Jéssica Luiza Pedroso da Silva, Ana Carolina Severo, Patrícia Oliveira Roveda

Resumo


Introdução: A gravidez é um período que ocorre diversas mudanças no corpo da mulher, principalmente no sistema endócrino, muscular e urinário. Devido a essas alterações há possibilidade de desencadear, frequentemente no pós parto, disfunções do assoalho pélvico (AP) e dor durante a relação sexual, que são associados ao parto vaginal devido a possibilidade de lesões perineais ou episiotomia, além de diástase abdominal. Objetivo: Apresentar o estudo de caso de uma paciente com incontinência urinária, dispareunia e diástase abdominal atendida pela fisioterapia. Método: Trata-se de um estudo de caso com intervenção, realizado na Clínica Fisiounisc da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, mediante atividade prática da disciplina de Fisioterapia em Uroginecologia e Obstetrícia do Curso de Fisioterapia. Foram realizados três encontros com a paciente, sendo um avaliativo e os outros dois de intervenção fisioterapêutica. Como instrumento de avaliação foi utilizada a ficha de avaliação para AP feminino utilizada no campo de estágio ambulatorial e elaborou-se as sessões com duração de 45 minutos. Resultados: Paciente C.L.R, 32 anos residente de Santa Cruz do Sul. Foi realizada avaliação sendo a queixa principal “tirando a dor, a incontinência”, na anamnese foi questionado sobre problemas sexuais, circunstâncias da perda urinária, intercorrências obstétricas e problemas ginecológicos. Em seguida, fez-se o exame físico do AP e abdômen onde encontrou-se a presença de diástase do reto abdominal com três centímetros de separação em nível umbilical, após realizou-se os testes ginecológicos, avaliando o aspecto geral, a cicatriz da episiotomia, contração muscular do canal vaginal, pontos de dor, avaliação funcional do assoalho (AFA) pélvico = 4. Foi utilizado o dispositivo T.I.U., para mensurar a força perineal tendo um resultado de 16 sauers, sendo considerado força regular. No segundo atendimento a fisioterapia objetivou a analgesia perineal, com utilização de dilatadores, estimulação elétrica neuromuscular com dispositivo Dualpex Uro (P09) e para finalizar efetuou-se massagem perineal. Já no terceiro atendimento, o foco foi na minimização da diástase abdominal, realizando movimentos de rotação de quadril, elevação pélvica e fortalecimento do músculo reto abdominal. Foram repassadas orientações e dado continuidade aos atendimentos por meio do estágio em fisioterapia ambulatorial. Conclusão: Com esta prática, foi possível mensurar a importância da fisioterapia na saúde da mulher. Através de recursos fisioterápicos, como os citados acima, proporcionando à mulher uma melhor conscientização corporal, promovendo o autoconhecimento e a reeducação do AP, prevenindo e tratando disfunções sexuais, incontinências e diástase do reto abdominal. Palavras-chave: Saúde da Mulher. Incontinência Urinária. Dispareunia.

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ISSN 2764-2135