ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM APENDICITE AGUDA NA INFÂNCIA: UM ESTUDO DE CASO
Resumo
Introdução: Uma das causas cirúrgicas de dor abdominal mais comuns na pediatria é a apendicite aguda (AA), uma inflamação do apêndice, que é um pequeno órgão, localizado na primeira porção do intestino grosso. A AA é uma doença comum na infância, tendo maior prevalência no sexo masculino (64%) em relação ao feminino (36%), com média de idades entre 6-12 anos. Com relação ao quadro clínico, obteve-se dor abdominal em 100% dos casos. Objetivo: Verificar na literatura cientifica existentes o tema apendicite aguda na infância identificando a assistência prestada pelo enfermeiro a esta enfermidade. Metodologia: Estudo com abordagem tipo estudo de caso, realizado em uma unidade de pediatria de um hospital escola do interior do Estado do RS, ao longo de uma disciplina de Prática do Curso de Enfermagem da UNISC, no período de março a julho 2022. A coleta de dados deu-se durante a assistência à criança apropriando-se de informações registradas no prontuário e de entrevista com familiares sob autorização. Para a construção desse trabalho, realizou-se buscas por material científico nas bases Google Acadêmico e SciELO e no portal BVS. Resultados: Paciente E. S. 3 anos e 2 meses, sexo feminino, internada com diagnóstico de apendicite aguda complicada, com evolução para sepse abdominal com peritonite e obstrução intestinal. No momento da avaliação apresentava-se com dor periumbilical migrando para a fossa ilíaca direita, acompanhada de náuseas, vômitos, anorexia, febre, diarreia, constipação, disúria, hematúria, hiporexia. Após exames laboratoriais e ultrassonografia, foi realizado procedimento cirúrgico de vídeo apendicectomia por videolaparoscopia sem intercorrências. No exame físico e evolução de enfermagem após procedimento: Criança no leito, acompanhada pela mãe, apresenta-se chorosa, respirando em ar ambiente, pele seca e com sujidades, couro cabeludo sujo, sonda nasogástrica aberta em frasco, drenando secreção esverdeada, boca com mucosa extremamente ressecada. Acesso Venoso Central em jugular direita duplo lúmen infundindo soroterapia, ausculta pulmonar sem alterações, ausculta cardíaca rítmica, membros superiores aquecidos, abdômen distendido, doloroso à palpação, RHA diminuídos, paciente chorosa à inspeção abdominal. Membros inferiores aquecidos e com boa perfusão. Curativo limpo sem drenagem de secreções, eliminações vesicais preservadas. Para a sistematização da assistência de enfermagem, foi utilizada a NANDA 2018-2020, como padronização para os diagnósticos: risco de paternidade ou maternidade prejudicada relacionada a separação prolongada dos pais; risco de infecção relacionada a alteração da integridade; risco de desequilíbrio eletrolítico relacionado à volume de líquidos deficiente e também excessivo. A partir dos cuidados de enfermagem, percebeu-se a importância do conhecimento dessa patologia e o manejo adequado. Existe uma grande problemática quando ocorre com crianças, pois nessa idade os pacientes podem apresentar sintomas atípicos e também não conseguir expressar adequadamente o local da dor. Conclusão: É preciso ampliar as discussões a respeito dos problemas associados a apendicite aguda e as repercussões na vida da criança. Constata-se o quão essencial é a participação da equipe de enfermagem e demais profissionais na busca por atendimento rápido tornando-se eficazes para a reversão do caso, aliviando a dor, observando sinais de infecção, reduzindo a ansiedade da criança e família através de orientação na beira do leito.
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ISSN 2764-2135