TETRALOGIA DE FALLOT EM PACIENTES PEDIÁTRICOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Yasmin Lambert Mildner, Fernanda Carolina Zillmer, Júlia Copetti Burmann, Júlia Raminelli Marion, Jennifer Grotto Souza

Resumo


Introdução: A tetralogia de Fallot é a cardiopatia cianótica congênita mais comum em crianças, afetando 0,0003% dos nascimentos e representa de 7 a 10% das anomalias cardíacas congênitas. A síndrome afeta ambos os sexos e é multifatorial, no entanto, vem sendo associada a diabetes gestacional não tratada, ingestão materna de ácido retinóico, fenilcetonúria e anomalias cromossômicas. Consiste em uma associação de estenose pulmonar, defeito interventricular, dextroposição da aorta e hipertrofia ventricular direita que necessita intervenção no primeiro ano de vida. Objetivos: Revisão de literatura sobre a tetralogia de Fallot. Metodologia: Revisão da literatura com pesquisa realizada na base de dados PubMed entre 15 e 25 de agosto de 2022, utilizando os descritores tetralogia de Fallot AND pediatria AND cardiopatia. Foram selecionados 3 artigos para a escrita do resumo, com os critérios de inclusão sendo artigos publicados a partir de 2014. Critérios de exclusão foram artigos publicados antes de 2014 e artigos cujo título ou resumo não se relacionassem ao tema proposto. Resultados: Após análise dos materiais, como resultado dessa síndrome temos tais alterações características: estenose de artéria pulmonar, defeito do septo interventricular que se estende até o septo muscular, substituição ou sobreposição da aorta e hipertrofia ventricular direita pela obstrução do fluxo de saída. Como característica/sintoma comumente visível, observa-se, cianose ao nascimento ou após - geralmente entre 6 e 18 meses - dispneia aos esforços, crise de hipoxemia e taquipneia; pacientes com cianose grave podem apresentar baqueteamento digital e costumam adotar a posição de cócoras, além de apresentarem sopro crescente-decrescente à ausculta. É válido ressaltar que o quadro clínico depende do grau de obstrução. Para diagnóstico da síndrome e de sua gravidade, o exame mais indicado é ecocardiograma bidimensional com Doppler. Entretanto, é indicado realizar exames como radiografias do tórax, em que se observa a silhueta cardíaca em “forma de bota”. A terapêutica consiste em operação cirúrgica e tratamento com prostaglandinas pré-cirúrgico em neonatos com obstrução grave. Contudo, em casos de complicações pós cirúrgicas observam-se a persistência da obstrução da saída do ventrículo direito e arritmia com risco de taquicardia, em que os fatores de risco consistem em pacientes do sexo masculino e de idade avançada no reparo. Conclusões: Tendo em vista os dados analisados, a tetralogia de Fallot é uma síndrome grave que requer diagnóstico diferencial com achados clínicos e exames de imagem. O tratamento disponível é cirúrgico e deve ser realizado precocemente, conforme a gravidade do quadro.

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ISSN 2764-2135