EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O FORTALECIMENTO DA QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS QUE VIVEM COM HIV/AIDS POR MEIO DE PLATAFORMA VIRTUAL

Bruna Mallmann Specht, Tomaz Mazuco Rodriguez, Jeane Félix da Silva, Camilo Darsie

Resumo


Introdução: As ações que envolvem a educação em saúde, acerca do HIV/Aids, no Brasil, são fundamentais para o desenvolvimento da equidade, da universalidade em saúde, da preservação da autonomia, do direito à informação, da integralidade e da inclusão social. Ao longo dos anos, diversas práticas foram pensadas e direcionadas aos indivíduos soropositivos, porém acabaram/acabam sendo orientadas, majoritariamente, pela ideia de prevenção de doenças, fazendo com que os indivíduos que vivem com HIV/Aids se sintam culpados e menosprezados. Nesse contexto, a educação em saúde surge como uma importante estratégia de fortalecimento da qualidade de vida de pessoas soropositivas, pois trata-se de um processo educativo dialogado e coletivo, que se centraliza na geração de conhecimentos em saúde. Objetivo: apresentar - e provocar - reflexões por meio do conteúdo da plataforma virtual ‘Deu positivo, e agora?’, direcionada a jovens soropositivos/as e criada pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, acerca dos modos de educar em saúde no que se refere à soropositividade, tendo em vista a qualidade de vida das pessoas que vivem com o vírus. Metodologia: a análise documental foi feita a partir de 12 vídeos informativos e materiais de apoio contidos na plataforma que, a partir de dinâmicas que abarcam o dia-a-dia dos jovens soropositivos, fomentam o diálogo, conforme se espera que ocorra a partir da perspectiva de educação em saúde. Resultados: Os vídeos são breves e de fácil entendimento, uma vez que apresentam bate-papos informais sobre diversos temas que envolvem as vidas cotidianas de diferentes pessoas e, mais precisamente, daquelas que vivem com o HIV. A partir disso, desmistificam questões relacionadas à convivência com o vírus e focam no fortalecimento da vida das pessoas. Para além do material, são disponibilizados meios de comunicação com os participantes da ação, para que espectadores possam conversar sobre as temáticas, conforme se espera que aconteça no contexto educativo. A educação em saúde, dialogada e focada na qualidade de vida das pessoas, em lugar de práticas educacionais verticalizadas, pode servir como importante ferramenta de transformação social no que se refere à construção cultural dos modos de vida que envolvem a soropositividade. Torna-se imprescindível que as questões direcionadas aos processos de educação da população e, mais precisamente, dos sujeitos soropositivos sejam pensadas de forma ampla, de modo a diminuírem as infecções, por um lado, mas também, por outro, visando potencializar a melhoria da qualidade de vida e a diminuição dos preconceitos que envolvem a temática e, de maneira particular, a vida dessas pessoas. Conclusões: À vista disso, para além dos processos de discussão que dão origem aos vídeos, é possível pensar que eles se constituem como importantes ferramentas que podem ser utilizadas em diversos ambientes educativos, como unidades de saúde e escolas - fomentando a educação em saúde de forma verticalizada a toda população. Assim, pode-se oportunizar a identificação com jovens (peças centrais da plataforma) de diferentes realidades.

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ISSN 2764-2135