COMPORTAMENTO DAS VARIÁVEIS VENTILATÓRIAS ANTES E APÓS A VENTILAÇÃO NÃO-INVASIVA COM MÁSCARA DE MERGULHO ADAPTADA E COM MÁSCARA OROFACIAL CONVENCIONAL EM PACIENTES COM COVID-19

Autores

  • Eduarda Chaves Silveira UNISC
  • Jessica Luiza Pedroso da Silva UNISC
  • Sônia Elvira dos Santos Marinho UNISC
  • Bruna Eduarda Diehl UNISC
  • Tiago da Rosa Rambo UNISC
  • Ana Carolina Severo UNISC
  • Fabiana Rafaela Santos de Mello UNISC
  • Alexander Romão Vieira Morinélli UNISC
  • Patricia Erika de Melo Marinho UNISC
  • Dulciane Nunes Paiva UNISC

Resumo

Introdução: Pacientes com Covid-19 moderada ou grave podem necessitar deadmissão nas unidades de urgência, emergência e de terapia intensiva (UTI),devido a hipoxemia secundária à insuficiência respiratória. A ventilação não-invasiva (VNI) desempenha papel fundamental para evitar a intubaçãoorotraqueal e diminuir o esforço respiratório e, durante a pandemia da Covid-9,foi necessário a criação de novas interfaces de VNI que evitassem a maioraerossolização do vírus SARS-Cov-2, como a máscara de mergulho adaptada(Máscara Owner). Objetivo: Comparar as variáveis ventilatórias obtidasdurante a VNI com máscara Owner e com máscara orofacial convencional empacientes com Covid-19. Métodos: Trata-se de análise dos dados de ensaioclínico randomizado (CONEP 41316620.1.0000.5343) que avaliou pacientesadultos admitidos na UTI de um hospital de ensino, de ambos os sexos, comconfirmação da Covid-19 e com critérios para instituição da VNI e os alocou noGrupo Owner e no Grupo Orofacial e os analisou quanto à gravidade clínica(SAPS III), sociodemografia e antropometria. A VNI foi instituída em modoCPAP ou BiPAP (10 cmH 2 O) para manter a SpO 2 =93%, FiO 2 =50% e FR< 24irpm. Foram analisados o comportamento das variáveis ventilatórias, sendoelas: volume corrente (VC), volume minuto (VM), pressão de pico (Ppico),frequência respiratória (FR), fração inspirada de oxigênio (FiO 2 ), tempoinspiratório (Ti), tempo expiratório (Te) fuga aérea, volume minuto inspiratório(VMi) e volume minuto expiratório (VMe) antes e após a instituição da VNI.Análises de variância (ANOVA) fatoriais de medidas repetidas com testes aposteriori de Bonferroni foram utilizadas para verificar diferenças nas variáveisventilatórias entre os grupos nos e entre os momentos (p<0,05). Resultados:Foram avaliados 85 pacientes (n=54 do sexo masculino), com média de idadede 58,71±14,62 anos. As variáveis ventilatórias analisadas foram semelhantesem ambos os grupos, não tendo apresentado diferença significante entre eles,à exceção da variável ventilatória VC, que demonstrou um efeito de interaçãosignificativo (p= 0,039; ? 2 = 0,054). Vale ressaltar que o Grupo Ownerapresentou um maior VC (417,22±4,87 ml) em relação ao Grupo Orofacial(397,06±5,68 ml) após a aplicação da VNI (p= 0,009), conforme demonstradonas comparações a posteriori. Conclusão: O uso da máscara de mergulhoadaptada resultou em maior volume de ar corrente, o que nos permite inferirsobre o seu maior poder de vedação à face do paciente, contribuindo paravalidar a segurança deste novo dispositivo em saúde.

Biografia do Autor

  • Eduarda Chaves Silveira, UNISC
    UNISC
  • Jessica Luiza Pedroso da Silva, UNISC
    UNISC
  • Sônia Elvira dos Santos Marinho, UNISC
    UNISC
  • Bruna Eduarda Diehl, UNISC
    UNISC
  • Tiago da Rosa Rambo, UNISC
    UNISC
  • Ana Carolina Severo, UNISC
    UNISC
  • Fabiana Rafaela Santos de Mello, UNISC
    UNISC
  • Alexander Romão Vieira Morinélli, UNISC
    UNISC
  • Patricia Erika de Melo Marinho, UNISC
    UNISC
  • Dulciane Nunes Paiva, UNISC
    UNISC

Publicado

2022-10-25

Edição

Seção

Ciências Biológicas e da Saúde