USO DOS ANTISSÉPTICOS BUCAIS NA ODONTOLOGIA
Resumo
Introdução: O biofilme dentário quando não removido corretamente é a principal causa das doenças periodontais, da cárie dentária e também de complicações em pós-operatórios cirúrgicos. Ele se forma quando há contato entre a película adquirida (biofilme) estabelecida na superfície dentária e a saliva, aumentando a capacidade do dente de reter mais bactérias em sua superfície. Para que essa película seja removida e não se estabeleça o processo de formação destas doenças, é preciso manter uma adequada higienização, através da escovação dentária com dentifrícios fluoretados e uso do fio dental. Além disso, existem outras substâncias específicas para essa função, que são excelentes coadjuvantes no processo de limpeza dentária. Os enxaguantes bucais, são alternativas que ajudam a melhorar a qualidade da higienização dos pacientes e ainda suprir a necessidade em casos onde apenas a escovação não é suficiente para manter a cavidade oral saudável. O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão de literatura sobre o uso dos enxaguantes bucais e também relatar se os cirurgiões-dentistas, alunos e professores de odontologia prescrevem estas soluções em seu dia a dia clínico. Metodologia: Para a construção desse trabalho, foram realizadas revisões de literatura na plataforma do Google Acadêmico sobre o uso dos enxaguantes bucais na odontologia e quais as fórmulas disponíveis no mercado. Além de, analisar os dados da pesquisa realizada pelo grupo de pesquisa em fármacos do Curso de Odontologia da Universidade de Santa Cruz do Sul, sobre a prescrição de enxaguantes bucais na rotina odontológica. O instrumento de avaliação foi disponibilizado aos participantes pelo Google Forms, através de um questionário, abrangendo a 13º Região de Saúde do Rio Grande do Sul. Resultados: observou-se que, há muitos agentes químicos eficazes presentes nos enxaguantes bucais. Segundo pesquisas, a clorexidina, os óleos essenciais, o fluoretos e o cloreto de cetilpiridínio são as principais substâncias que realizam o controle deste biofilme com efetividade. Os quais, são representados por formas comerciais como, Colgate Plax® e a Colgate Total 12® (cloreto de cetilpiridínio), Listerine® e Colgate Natural Extracts (óleo essencial), Elmex®(fluoreto) e Colgate Periogard®e Dentalfresh® (clorexidina). Esses produtos, demonstraram ser bons auxiliares no controle da adesão da placa bacteriana à estrutura dentária. No estudo realizado pelo Grupo de Pesquisa em Fármacos do curso de odontologia da UNISC, com a participação de 121 pessoas, observou-se que 71,1% dos participantes não prescrevem antissépticos como uso de rotina, enquanto que, 28,9% fazem uso desta prescrição para esse fim apenas em situações de tratamento periodontal, pós-cirúrgico de implantes e cirurgias, sendo o antisséptico de primeira escolha em 74,3% dos casos a clorexidina 0,12%. Conclusão: Tendo em vista os aspectos considerados, conclui-se que, o uso dos enxaguantes bucais pode ser de grande auxílio para o controle da formação de placa bacteriana associado aos métodos de higienização. São excelentes alternativas para pacientes com dificuldades motoras, alto risco cariogênico e periodontal. Porém, nossos resultados mostraram também, que, estes antissépticos, apesar de benéficos, apresentaram reações adversas quando foram utilizados a longo prazo. Assim, a melhor alternativa é a indicação em situações com tempo de uso controlado.
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ISSN 2764-2135