ANALGÉSICOS EM ODONTOLOGIA

Bruna Feron, Pedro Henrique Ferreira de Menezes, Millena Machado Becker, Márcia Helena Wagner, Magda de Sousa Reis, Ronise Ferreira Dotto

Resumo


O controle eficaz da dor é de extrema importância na área odontológica. Deve ser buscado um equilíbrio entre benefícios e danos potenciais dos agentes analgésicos opióides e não opióides. Essa última classe é uma das mais utilizadas dentro da Odontologia, sendo a primeira escolha de tratamento na dor crônica ou aguda grave na maior parte do mundo. A dor aguda é frequentemente repentina, tem duração inferior a doze semanas e apresenta uma causa específica, como as fraturas e os pós-operatórios. Quando persiste por mais de três meses, recebe a denominação de crônica. A partir disso, cirurgiões-dentistas devem estar aptos para prescrever analgésicos de forma correta e segura. O objetivo deste trabalho foi investigar a prescrição e uso de analgésicos na Odontologia em um Curso de Odontologia, nos consultórios e clínicas odontológicas privadas e públicas de uma cidade pertencente a 28ª Região de Saúde do Rio Grande do Sul. Metodologia: Esse estudo transversal foi desenvolvido através de um instrumento de pesquisa do Google Forms (questionário), baseado em artigos publicados nos últimos 5 anos, utilizando bases de dados como U.S. National Library of medicine (PubMed), Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Participaram da pesquisa 121 pessoas, entre alunos, professores de um curso de Odontologia e cirurgiões-dentistas da rede pública e privada. Resultados: Observou-se que 77,7% dos entrevistados, prescrevem analgésicos no atendimento odontológico, principalmente em cirurgia simples, cirurgia complexa, restauração muito profunda ou com exposição pulpar e também no tratamento endodôntico. Destes, 81,9% prescreve como primeira escolha, o analgésico, Paracetamol, utilizado para o manejo de dores leves a moderadas de origem aguda ou crônica. Uma das vantagens desse medicamento, é a não indução de efeitos gástricos e alterações na agregação plaquetária. Contudo, se tiver a ingestão de doses superiores a 4 g/dia pode induzir insuficiência hepática aguda. E o fármaco de segunda escolha, conforme 61,7% dos entrevistados, é a Dipirona, que deriva da pirazolona. Apresenta boas propriedades para o tratamento da dor e da febre, tem seu efeito entre 30 e 60 minutos após sua administração oral e dura em média 4 horas. Por fim, pode-se concluir que os analgésicos são bastante utilizados pelos cirurgiões-dentistas, sendo seguros, eficazes e uma excelente alternativa para minimizar a dor leve, moderada e intensa. Porém, os profissionais, para ter segurança na administração dessa medicação, precisam ter conhecimento farmacológico e domínio das técnicas empregadas na Odontologia, sempre levando em consideração uma boa anamnese, faixa etária do paciente e o tipo de procedimento realizado.

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ISSN 2764-2135