TRATAMENTO ENDODÔNTICO E RECONSTRUÇÃO DE PRIMEIRO PRÉ-MOLAR SUPERIOR DIREITO COM PINO DE FIBRA DE VIDRO E RESINA COMPOSTA - RELATO DE CASO.

Thaís Aline Finkler, Millena Machado Becker, Eduarda Sott Kremer, Naiely Cardoso Anjolin, Eduarda Favero, Ronise Ferreira Dotto, George Valdemar Mundstock

Resumo


Introdução: A resina composta é um dos materiais que consegue suprir as necessidades estéticas e promover a recuperação das funções mastigatórias dos dentes com necessidades restauradoras. Porém, possui algumas limitações em relação ao suporte de cargas mastigatórias, com riscos de fratura do material. Para que as resinas possam ser utilizadas, precisa-se empregar algumas técnicas. Os pinos de fibra de vidro promovem estabilidade e suporte às restaurações frente às forças oclusais. São indicados para preparos extensos com apenas uma parede remanescente e que tenham envolvimento endodôntico, sendo uma solução rápida e direta. Para tal, é necessário primeiro realizar a endodontia, a fim de garantir o sucesso de todo o tratamento. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clinico realizado na Clínica de Odontologia da UNISC, em uma paciente do sexo feminino com necessidade endodontica, pino de fibra de vidro e restauração no primeiro pré-molar superior direito. Metodologia: Para a construção desse trabalho, foram realizadas revisões de literatura na plataforma do Google Acadêmico sobre o uso de pino de fibra de vidro em restaurações extensas e também o passo a passo do tratamento endodôntico, seguindo o protocolo utilizado na UNISC. Os atendimentos ocorrem nas noites de quarta-feira no projeto Reabilitando Sorrisos em Busca da Qualidade de Vida da População. A paciente compareceu ao projeto de extensão com necessidade de realizar o tratamento endodôntico do dente 14, com grande perda de estrutura dentária. O tratamento endodôntico foi realizado em duas sessões, uma para o preparo e outra para a obturação dos canais radiculares. Com a endodontia concluída, foi iniciada a restauração em resina composta, utilizando como estrutura de suporte e retenção o pino de fibra de vidro. A medida da desobturação do canal vestibular foi de 2 / 3 do material obturador para posterior cimentação do pino de fibra de vidro. A desobturação foi realizada com brocas de Gates-Glidden até 2/3 do material obturador, adequando o canal exatamente ao tamanho do pino. Após confirmação radiográfica, realizou-se a prova do pino de fibra de vidro, conferindo a adaptação até a porção desobturada. A higienização do pino foi realizada com álcool 70% e a do canal com hipoclorito de sódio, secagem do canal com cone de papel absorvente estéril e aplicação de silano no pino com o auxílio de um microbrush. O cimento resinoso dual SET PP foi inserido no canal e o pino levado em posição. A polimerização química foi iniciada, seguida da fotopolimerização, utilizada como complemento devido a dualidade do cimento resinoso. Resultados: a restauração definitiva com resina composta foi realizada nas cores OA3 e A3, seguindo os passos técnicos: condicionamento ácido da superfície, aplicação do sistema adesivo convencional e os incrementos de resina. Após a conclusão, realizaram-se ajustes oclusais e o polimento final com discos de lixa para polimento. Conclusão: Concluiu-se que, sendo possível a utilização da técnica de restauração com pino de fibra de vidro, ela se torna mais vantajosa em relação às técnicas protéticas, pois além de ser realizada em menos sessões não possui fases laboratoriais, o que garante ao paciente um tratamento mais rápido, estético e com a mesma possibilidade de duração.

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ISSN 2764-2135