PREVALÊNCIA DE MASTOCITOMAS EM CANINOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO UNISC, SANTA CRUZ DO SUL – RS

Rafael da Silva Oliveira, Maite Heiermann, Karla Puntel Rosa, Adelina Rodrigues Aires, Camila Amaral D`Avila, Michele Berselli, Thalia Schirrmann de Moraes

Resumo


O mastocitoma é um tumor de natureza maligna considerado comum em caninos e felinos sendo a segunda doença neoplásica cutânea mais frequentemente encontrada em cães. Trata-se de uma neoplasia composta pela proliferação anormal de mastócitos, possui um comportamento variado, indo de pouco a muito agressivo, e ocorrem em locais de principal deposição dessas células, sendo mais frequente na derme e tecido subcutâneo. Neste sentido, esse trabalho objetivou realizar um levantamento de prevalência de mastocitomas a partir de amostras encaminhadas para diagnóstico histopatológico e citológico ao laboratório de Histopatologia do Hospital veterinário da UNISC. O levantamento foi feito a partir dos exames citológicos e histopatológicos realizados no período do início de 2021 ao mês de agosto de 2022. Neste intervalo, o laboratório diagnosticou 123 animais com neoplasias, alguns tendo mais de um tipo tumoral. Destes, 18 animais tiveram diagnóstico de mastocitoma, representando 14% do total de animais com doenças neoplásicas. A idade dos cães abrangia de 10 meses a 15 anos, sendo que 60% dos casos ocorreram em animais com mais de 7 anos, indicando a maior incidência do tumor em animais idosos. Em relação aos métodos de coleta, dos casos de mastocitoma, 33,3% (6/18) foi por citologia e 66,7% (12/18) por biópsia. Na análise das biópsias foram avaliados a morfologia celular, cor do citoplasma, granulação, presença de mitoses e binucleação para identificar o grau de diferenciação do tumor. 75% (9/12) deles foram classificados como grau II na classificação Patinaik e baixo grau na classificação Kiupel, 8,3% (1/12) dos casos apresentou grau II na escala Patinaik e alto grau para Kiupel, e 16,7% (2/12) casos como grau I na escala Patinaik e baixo grau na escala Kiupel. A citologia é rotineiramente utilizada para o diagnóstico de mastocitomas, pela rapidez e baixo custo, porém para classificação do grau dos mastocitomas é necessário a realização de análise histopatológica. Os principais métodos de classificação utilizados é o método Patinaik que varia de grau I a grau III, onde grau I representa mastócitos bem diferenciados e geralmente menos agressivos, grau II quando as células são moderadamente diferenciadas e moderadamente agressivos e grau III onde são pouco diferenciados muito agressivos e em muitos casos apresentam metástase; o outro método é o Kiupel, que classifica os mastocitomas em alto e baixo grau, medindo a frequência de presença de células com múltiplos núcleos, com núcleos bizarros, em divisão celular ou por cariomegalia por campo de maior aumento. Com esses dados foi possível perceber que os tumores de grau II Patinaik são os mais frequentes dos casos classificados compondo 83% dos mastocitomas. Podemos concluir que a citologia permite o rápido diagnóstico para mastocitomas, além disso, destaca-se a necessidade da realização da biópsia para o estabelecimento da graduação tumoral auxiliando no tratamento e prognóstico do animal. Referencial: ALENCAR, Guilherme Brant. Mastocitoma canino: revisão de literatura. 2013. FURLANI, Juliana Maziero et al. Mastocitoma canino: estudo retrospectivo. Ciência Animal Brasileira, 2008. SOUSA, Ellen Fernanda Santos et al. MASTOCITOMA CANINO: REVISÃO DE LITERATURA. Revista Saúde-UNG-Ser, 2020.

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


ISSN 2764-2135