USO DO TESTE DA RIVALTA NO DIAGNÓSTICO DE PIF EFUSIVA: RELATO DE CASO
Resumo
Uso do teste da Rivalta no diagnóstico de PIF efusiva: Relato de caso Larissa Montanha Magalhães1 Adelina Rodrigues Aires 2 Camila Amaral D’Avila3 Michele Berselli 4 Karla Puntel Rosa5 Riane Rodrigues Klafke6 Introdução: A peritonite infecciosa felina (PIF) é uma doença viral causada pelo coronavírus felino, que pode se apresentar de forma efusiva (caracterizada pelo acúmulo de líquido cavitário) ou não efusiva. Geralmente são acometidos animais imunossuprimidos apresentando predominantemente a forma efusiva. Neste quadro clínico pode se observar o aumento de volume do abdômen, porém os demais sinais clínicos são muito inespecíficos. O teste de Rivalta pode auxiliar no diagnóstico desta enfermidade, a partir de avaliação qualitativa do líquido cavitário obtido de felinos com ascite. Este teste é baseado no princípio da precipitação proteica em solução ácida. Neste sentido, coleta-se uma amostra da efusão abdominal presente no animal e uma gota deste líquido adicionada em uma solução de ácido acético. No caso de resultado positivo, quando a gota entra em contato com a solução ela tende a precipitar em função da alta concentração de proteína presente no líquido cavitário de animais com PIF, já em casos negativos o líquido cavitário se dilui rapidamente na solução. Objetivo: Relatar um caso de PIF efusiva diagnosticada através do teste de Rivalta. Metodologia: Felino, fêmea, 8 anos, com acúmulo de líquido abdominal sem mais sinais clínicos relatados pelo clínico. O paciente foi submetido à abdominocentese para coleta de líquido cavitário. Uma amostra da efusão abdominal foi encaminhada para o laboratório de Análises Clínicas do Hospital Veterinário da Universidade de Santa Cruz do Sul para a análise do líquido e realização do teste de Rivalta. Resultado: O líquido observado foi definido como exsudato, apresentando cor amarelo palha de aspecto turvo e consistência viscosa. Nas análises bioquímicas observou-se pH 7,00, proteínas 7mg/dL e densidade 1033. Foi detectada uma elevada celularidade, com 22825 células nucleadas por µL e 5950 hemácias por µL hemácias. Houve predomínio na de neutrófilos (92%), alguns linfócitos e macrófagos e grande presença de bactérias. Exsudatos são frequentemente associados a distintos transtornos sistêmicos ou locais e suas características muitas vezes se sobrepõem em mais de uma condição. O teste de Rivalta teve resultado fortemente positivo, indicado pela formação de um precipitado denso que permaneceu flutuante no terço superior do tubo de análise. Conclusão: A PIF é uma doença de grande desafio diagnóstico pelos médicos veterinários, visto que seus sinais clínicos são inespecíficos e existem poucos testes considerados acessíveis e confiáveis para a aplicação na rotina veterinária. Neste sentido, o diagnóstico feito com o auxilio do teste de Rivalta é visto como confiável e também, prático e de baixo custo.
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ISSN 2764-2135