LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE A PREVALÊNCIA DE HIV E AIDS NO RIO GRANDE DO SUL

Marcia Kniphoff da Cruz

Resumo


LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE A PREVALÊNCIA DE HIV E AIDS NO RIO GRANDE DO SULGabriela Grando Menegon: gabigmenegon@gmail.comContexto: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) foram reconhecidos no ano de 1981 e, desde lá, o número de pessoas infectadas continua crescendo. No Brasil, ao todo foram detectados 1.045.355 casos de HIV/Aids, já no estado do Rio Grande do Sul, o número identificado foi de 100.084. Introdução: O levantamento de dados sobre a prevalência do HIV/Aids no Rio Grande do Sul foi possibilitado por meio de ferramentas digitais, como plataformas governamentais e sites de artigos científicos, que foram abordadas na disciplina de Informática Médica. A partir disso foi construída a análise dos dados. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico do HIV e aids no Rio Grande do Sul e comparar com o parâmetro nacional, possibilitando a reflexão sobre as estratégias adotadas para o enfrentamento da doença. Metodologia: Esse trabalho foi realizado com base em dados secundários obtidos através do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids - Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde, Boletim epidemiológico HIV/Aids - Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul, ambos presentes em sites governamentais. Ainda, foi utilizada a plataforma ‘Scientific Electronic Library Online’, referente a pesquisa Epidemiologia do HIV e aids no estado do Rio Grande do Sul, 1980-2015, conduzida com base em dados secundários de casos de aids notificados entre 1980 e 2015 no estado do Rio Grande do Sul. Juntamente, foi utilizada a plataforma Datasus (Tabnet) para acessar o levantamento de dados do Governo sobre o HIV no estado do Rio Grande do Sul, para analisar a distribuição de casos por idade e ano de diagnóstico. Resultados: Desde o ano de 2012, observa-se uma diminuição na taxa de detecção de aids no Brasil, que passou de 22 a cada 100 mil habitantes em 2012 para 14,1 a cada 100 mil habitantes em 2020, configurando um decréscimo de 35,7%. O mesmo ocorre no Rio Grande do Sul desde o ano de 2013, quando a taxa de detecção de HIV/aids no Estado era de 42,5 a cada 100 mil habitantes, atualmente (2020) a taxa diminuiu para 28,3 a cada 100 mil habitantes. Entretanto, o Rio Grande do Sul continua liderando o ranking da taxa de mortalidade por Aids no país, com 9 óbitos/100 mil habitantes, sendo quase o dobro da média nacional de 4,8 óbitos. Consequentemente, entre as 10 cidades do país com maiores índices de HIV a cada 100 mil habitantes, 6 destas encontram-se no Estado, liderando as três primeiras posições. Outrossim, referente às idades com maior prevalência de novos casos de infecção pelo HIV está a faixa etária de 30 a 49 anos, porém, até o ano de 2008 era a faixa etária dos 20 aos 39 anos. Conclusões: Após a análise dos dados de prevalência do HIV no Rio Grande do Sul, constatou-se que o ritmo de melhora das taxas segue em uma lenta melhora desde o ano de 2013, também, foi possível concluir que a inversão das idades com maiores índices mostra que houve uma melhora na conscientização dos mais jovens, mas piora dos mais velhos. Assim, a situação epidemiológica encontrada no Estado evidencia a necessidade de maiores projetos de conscientização, avanços nas divulgações dos métodos de profilaxia pós-exposição e, também dos tratamentos, educação sexual e incentivos para que a população usufrua dos métodos disponíveis na saúde pública.

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ISSN 2764-2135