Mostra de Extensão, Ciência e Tecnologia da Unisc

Com a globalização, a competitividade tornou-se mais abrangente, envolvendo concorrência territorial e sistemas que criam condições de desenvolvimento econômico e social, o que impõe que as empresas busquem melhorar os desempenhos de forma constante. Com o objetivo de aperfeiçoar a produtividade e a competitividade das empresas, a inovação é imperativa, porém incertezas permanecem: como a inovação pode ajudar as empresas? O processo de inovação é complexo e não garante que as empresas obterão os melhores resultados, pois é difícil prever os resultados, podendo gerar impactos positivos, mas com riscos e incertezas. Considerando a importância da competitividade e inovação, sua  mensuração pode ser uma ferramenta estratégica e gerencial, possibilitando o monitoramento e a otimização do desempenho da organização. Isso pode ser feito através da avaliação de critérios, que podem ainda ser subdivididos em subcritérios, representando, portanto, uma solução. Com base nesses critérios e subcritérios, pode-se desenvolver um modelo ou modelagem, em forma de árvore, que represente o mais próximo possível o problema real. A árvore, também chamada de estrutura hierárquica de valor, consiste em pontos de vista fundamentais (PVFs), fatores críticos de sucesso (FCS) e indicadores- chave de desempenho (KPIs), que correspondem aos critérios e subcritérios. Com isso, pode-se encontrar um índice de checagem global, para encontrar a melhor solução para uma dada situação. Nesse sentido, a presente pesquisa tem como objetivo compreender se há algum tipo de relação entre as atividades de inovação e a competitividade nas empresas, tendo como base dados de MPEs da região sul do Brasil. Para isso, foi realizado um questionário com 55 perguntas para 72 empresas, em que o gestor concedeu uma nota de 1 a 5 para o grau de importância de cada item avaliado. Desse modo, buscou-se formas de identificar, com base nas respostas obtidas, qual indicador de inovação teria mais peso na competitividade para que o gestor saiba onde deve focar sua atenção. Para tal, utilizou-se o software Orange e MONNA, realizando testes com os modelos de redes neurais nele disponíveis. A metodologia utilizada foi a pesquisa científica, tendo como base teórica o livro Redes Neurais Artificiais: Uma abordagem para a sala de aula de Maria Inês Vasconcellos Furtado, e a tese de doutorado de Ismael Cristofer Baierle: Relação e influência entre inovação e competitividade em micro e pequenas empresas do sul do Brasil. O projeto que está sendo desenvolvido está na etapa de testes, onde busca-se formas de utilizar com êxito as redes neurais artificiais dentro do software Orange. Os resultados preliminares mostram o grau de importância, em ordem, dos fatores e índices de inovação mais relevantes, tendo consequentemente um maior peso na competitividade, nos levando a compreender que certos aspectos contribuem para que uma empresa se destaque das demais.