MAPEAMENTO DE EMPRESAS COM POTENCIAIS À INOVAÇÃO: CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO NA REGIÃO DOS VALES DO RIO PARDO E TAQUARI – RS
Resumo
Introdução: O desenvolvimento da indústria, inovação e infraestrutura está sendo discutido no âmbito nacional e internacional. Um dos objetivos das Nações Unidas até 2030 (ONU, 2015), que conhecemos por ODS 9, reforça esta necessidade com foco na construção de infraestruturas resilientes, capazes de resistir aos impactos de maneira eficaz a partir de suas estruturas básicas e essenciais, além da promoção inclusiva e sustentável da industrialização. A inovação tem como escopo impulsionar o crescimento econômico, gerando valor e vantagem competitiva para as empresas diante um processo de transformação de ideias criativas em novos produtos, modelos organizacionais, métodos, serviços e tecnologias (JORDÃO et al., 2019). A UNISC em conjunto com a Univates e UERGS estão desenvolvendo o Ecossistema Regional de Inovação dos Vales (ERI) juntamente com empresas e as lideranças locais. Para alcançarmos esta visão de futuro é preciso que empresas da nossa região contribuam no desenvolvimento de pesquisas para que a Região dos Vales seja referência global de inovação, transformando a experiência em biotecnologia e automação nos setores agroalimentar, saúde e serviços e abrindo oportunidades para cadeias adjacentes, buscando constante desenvolvimento sustentável. Objetivo: mapear a maturidade de empresas com potenciais à inovação, buscando ampliar o fomento do desenvolvimento da Região dos Vales com ações estratégicas de inovação a partir da infraestrutura das universidades, por meio de auxílio técnico e de pesquisa básica e aplicada, integrando e articulando atores envolvidos no desenvolvimento do ecossistema de inovação local. Metodologia: Estudo exploratório e quantitativo realizado por meio de questionário direcionado às empresas localizadas na região dos Vales, a fim de atribuir suporte às atividades de criação do ERI. O questionário foi desenvolvido com base em estudos sobre o tema e apresenta 6 áreas: transformação digital (TD); cibersegurança; desafios de infraestrutura para TD; benchmarking competitivo; suporte à TD; desempenho organizacional. Resultados: Foram 159 empresas contatadas e até o momento obteve-se 16 respostas, mas apenas 11 responderam ao questionário completamente. Observa-se que, dentre as empresas que iniciaram o questionário, obtivemos apenas 68,75% de taxa de conclusão. As empresas que responderam completamente se dividem em 5 setores: tecnologia da informação, produtos químicos, serviços, engenharia e automação. Em uma escala de 1(menor relevância) até 5 (maior relevância), foram estabelecidas médias das respostas para as 6 áreas em análise. Na área de TD obteve-se uma média de 2,83; cibersegurança, média de 3,44; desafios de infraestrutura, média de 2,45; benchmarking competitivo, média de 3,01; suporte à TD média de 3,21; e desempenho operacional média de 3,96. As maiores médias apresentadas correspondem aos indicadores de cibersegurança e desempenho operacional. Conclusão: O estudo encontra-se em andamento e, até o momento, observou-se que a área do desempenho operacional e cibersegurança são as que se destacam. Considerando as áreas e os fatores em análise, percebe-se que algumas empresas se mostraram ativas no processo de maturidade e outras apresentaram médias mais baixas, elucidando o perfil e estrutura das organizações no caminho da TD e, embora a literatura acerca dos modelos de maturidade seja incipiente na pesquisa e aplicação, observa-se que há ainda oportunidades abrangentes para pesquisas futuras.
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ISSN 2764-2135