RECONSTRUÇÃO DE APLICATIVO ORIENTADO POR ESTRATÉGIAS DE INTERAÇÃO HOMEM-COMPUTADOR
Resumo
Compreender a importância da Interação Homem-Computador (IHC) na experiência positiva de usuários com sistemas é estratégico para qualquer projeto de software, pelo impacto que causa no bem-estar das atividades de trabalho. Assim, a interface e a interação de uma aplicação devem ser planejadas e desenvolvidas de forma a servir como instrumento para ampliar a comunicação, tornar útil as funcionalidades e, principalmente, agregar valor às atividades dos seus usuários. Neste sentido, este projeto reconstruiu a interface do aplicativo destinado à gestão de vendas para uso da indústria, de distribuidoras, agronegócio e representantes comerciais, com foco em operações essenciais para o cliente (login, cadastro e edição). Por meio do uso de estratégias de IHC, foram analisados os aspectos de usabilidade da aplicação e avaliado os resultados de performance para a reconstrução da aplicação. O processo metodológico envolveu as seguintes etapas: (1) Apropriação da aplicação; análise e compreensão do funcionamento, recursos e tecnologias utilizadas na versão atual; (2) Estudo teórico-metodológico com a revisão da literatura sobre User Experience (UX) e User Interface (UI), princípios do design, listas de recomendação (heurísticas) e interfaces responsivas e acessíveis (design universal com base na W3C); (3) Realização de testes de usabilidade, a partir do plano de testes, script e sessões individuais agendadas com cinco clientes da aplicação e relatório dos registros dos testes (transcrição da fala e imagem do momento do teste, classificação e análise das tarefas testadas); (4) Análise do modelo conceitual da interface da versão atual; os resultados dos testes de usabilidade foram analisados e classificados (ruído, barreira e obstáculo) quanto aos pontos de problemas e foi gerada a matriz CSD (certezas, suposições e dúvidas); (5) Desenvolvimento do protótipo (reconstrução), baseado na evolução do modelo conceitual, amparado nos resultados dos testes, checklist criado a partir de heurísticas e princípios do design orientado pelo Material Design (linguagem de design da Google) alinhados a tecnologia do Flutter (framework de desenvolvimento de código aberto); (6) Validação do protótipo (nova versão) a partir de novos testes de usabilidade com grupo focal (os mesmos clientes da etapa 3), testes A/B (comparações entre versões), análise de comportamento da aplicação em diferentes dispositivos e resultados de performance (tempo) no uso de funcionalidades; por fim, a geração da nova matriz CSD da validação. O projeto, em cada etapa, foi documentado em um quadro de registro de metas com apoio da ferramenta Trello. Alguns resultados dos testes de usabilidades pelos participantes, evidenciaram que: o acesso às principais funcionalidades da aplicação foi facilitado e isso impactou na melhoria do uso; a resposta dos recursos tornou a interação mais ágil; alterações de elementos da interface deixaram a mesma mais interessante e atual (seguindo tendências do design); a interface foi considerada responsiva; e, o tempo de resposta da aplicação para os eventos provocados pelos usuários ocorre de forma imediata. Como contribuição empresarial constatou-se que o processo de pesquisa leva inovação à empresa detentora dos direitos da aplicação, tanto na forma de orientação no uso de novas tecnologias (novas ferramentas e recursos), quanto no mapeamento e demonstração de processos e práticas de UX (User Experience) e UI (User Interface), oriundas da área de IHC.
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ISSN 2764-2135