GEOGRAFIA, SAÚDE E EDUCAÇÃO: APONTAMENTOS SOBRE OS TERRITÓRIOS SANITÁRIOS BRASILEIROS

Camilo Darsie de Souza

Resumo


Introdução:  Nesta pesquisa, opera-se na intersecção entre as áreas da Geografia, da Saúde e da Educação, para se discutir a importância dos conhecimentos da Geografia da Saúde e a possibilidade de relacioná-los aos campos sanitário e educacional, no que se refere ao funcionamento do SUS e, consequentemente, à melhoria da qualidade de vida e resolução de problemas dos usuários do sistema de saúde. Argumenta-se que o domínio de saberes relacionados ao espaço, às condições sanitárias e às práticas educacionais, de modo articulado, manifestam-se como ferramenta relevante para o fortalecimento de índices sanitários nacionais. Assim, são aproximados elementos relativos à organização do SUS e à Geografia da Saúde, de modo a apresentar a importância do campo no que diz respeito ao planejamento e organização do sistema de saúde. Também, discorre-se sobre os conceitos de território, territorialização e territorialidades, como forma de contextualizar e demarcar a importância da origem e dos conhecimentos geográficos acerca do que é entendido, no campo da saúde, por territórios de saúde. Assim, aproxima-se discussões acerca da Educação em Saúde à Geografia da Saúde, de modo a se argumentar que ambas podem ser entendidas como áreas complementares no que diz respeito às ações desenvolvidas em diferentes territórios de saúde. Objetivo: Apresentar a relevância dos conhecimentos geográficos para o campo da saúde e da educação. Metodologia: Esta pesquisa foi produzida a partir de revisão narrativa de literatura, apropriada para descrever e discutir determinados assuntos sob ponto de vista teórico, por meio de publicações em livros, artigos de revistas impressas e/ou eletrônicas na interpretação e análise crítica pessoal do autor. Assim, foram pesquisados e analisados textos relativos aos campos da Saúde, da Geografia e da Educação, como forma de articular os conhecimentos produzidos sob essas perspectivas. Resultados: Fazendo uso dos fundamentos da Geografia da Saúde, dos territórios de saúde e da Educação em saúde como forma de se desenvolver uma análise interdisciplinar, destaca-se que tais conhecimentos encontram-se entrelaçados desde a idealização e implementação do Sistema Único de Saúde até a atual conjuntura de desenvolvimento de ações sanitárias. Reafirmando que as ações sanitárias, tanto de planejamento como de promoção da saúde e prevenção de doenças devem considerar as territorialidades que se projetam no espaço por meio das relações de poder. Nesta direção, a observação e análise das dinâmicas humanas se tornam fundamentais e anteriores à demarcação territorial. Conclusão: A Educação em Saúde configura-se como processo de compartilhamento e significação de informações de acordo com diferentes realidades. Diante disso, reforça-se a ideia de que educar em saúde também envolve a educação geográfica e vice-versa. Assim, a educação em saúde sobre a perspectiva territorial se torna fundamental para se promover melhores índices e condições sanitárias, pois é no território que se localizam os diferentes modos de vida e os diversos saberes dos sujeitos.

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ISSN 2764-2135