EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA SURDOS: UM PANORAMA CRÍTICO

Kelly Mariana Rodrigues, Eduardo Pozzobon Aita, Isaac Henrich, Matheus Barreto Hauth, Rômulo Amadeu Barbosa, Leonardo Schmidt Alves, Camilo Darsie de Souza

Resumo


Introdução: A Educação em Saúde é uma prática social, que colabora para a construção da consciência crítica a respeito de problemas de saúde, a partir das realidades de cada pessoa, buscando estimular autonomia para a solução de problemas e organização de ações individuais e coletivas. Entretanto, quando se trata de práticas de educação em saúde para surdos, nota-se que as ações se tornam deficitárias, tanto por falta de profissionais habilitados para trabalhar conhecimentos como pela falta de modelos didáticos voltados para a instrução adequada desta população. Objetivo: Identificar e analisar a qualidade do processo de educação em saúde para surdos, apontando as principais problemáticas do tema. Metodologia: Pesquisa bibliográfica, pautada na análise sistemática de artigos científicos. Foram utilizadas quatro bases de dados para a pesquisa – Lilacs, PubMed, Redalyc e SciELO. Assim, realizou-se revisão baseada no tema ‘’Educação em Saúde para Surdos’’, sendo selecionadas 29 obras para a elaboração do presente estudo. Resultados e discussão: Após a análise dos artigos, pode-se perceber que a educação em saúde para os surdos apresentou um grande avanço nos últimos anos, mas que ainda pode ser considerada deficitária. Mesmo que as leis aprovadas tenham possibilitado progresso, as ações de Educação em Saúde para os surdos são incipientes. A língua de sinais apresentou-se como a maior ferramenta de acesso à educação de pessoas surdas. No entanto, um dos problemas que mais se destaca é a falta de intérpretes ou profissionais usuários da língua de sinais para auxiliar nas salas de aulas e nos setores de saúde, o que dificulta a comunicação e, consequentemente, o entendimento de práticas consideradas mais saudáveis, parte dos surdos. Uma das principais razões apontadas para a falta de profissionais capacitados para a instrução dos surdos foi a escassez de disciplinas voltadas para o tema no ensino superior. Além disso, a carência de métodos de educacionais voltados para um ensino global e satisfatório para a população surda, também recebeu destaque nos artigos. Conclusão: Tendo em vista que a Educação em Saúde é uma ferramenta importante para construção da consciência crítica sobre a promoção de saúde, fica evidenciada a relevância do ensino do tema para os surdos. Logo, as instituições de ensino superior devem investir na disciplina de Libras, e abordar de forma eficaz o tema da educação em saúde para os surdos, objetivando a formação de profissionais qualificados para docência do assunto. Além disso, o Estado e Instituições devem investir em cursos profissionalizantes para intérpretes e na elaboração de modelos didáticos capazes de facilitar o processo de educação em saúde para a população surda.


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ISSN 2764-2135