NEUROGÊNESE, PRÁTICAS CLÍNICAS E SAÚDE MENTAL

Jerto Cardoso da Silva, Elisabete Frigeri Domingo, Bianca Carolina Züge, Danielli Cossul, Ângelo Daniel Jantsch Bandeira, Cintia Aparecida Pereira dos Santos, Vitor Henrique Mueller

Resumo


O fenômeno da neurogênese tem sido foco de muitas investigações desde a década de 50 do século passado. Na atualidade, o conceito abarca a formação, o amadurecimento e a integração desses novos neurônios à rede neural, a partir da plasticidade cerebral que consiste em uma reorganização dessa estrutura dos sujeitos ao experienciar algo novo, ou seja, a capacidade de se regenerar, amadurecer e produzir sinapses. Os estudos têm se dedicado a entender esse processo. Neste sentido, o presente trabalho, em sua primeira etapa, visa compilar, sistematizar, investigar, problematizar e publicizar pesquisas e práticas clínicas que fomentem estratégias de enfrentamento às doenças neurodegenerativas e que propiciem o processo de neurogênese. Para alcançar este objetivo, selecionamos artigos a partir dos seguintes descritores: “neurogênese”, “doenças neurodegenerativas”, “ambientes enriquecidos”, “estratégias de enfrentamento à doença”, indexados nas bases de dados Scielo, PubMed, BVS, MedLine, PsycInfo e PePSIC, produzidos de 2012 a 2022. Elencamos sessenta e um artigos, redigidos em inglês, espanhol e/ou português, identificados de acordo com o escopo desta pesquisa, mediante leitura, análise do título, resumo e palavras-chave. Para efeito desta pesquisa, nos detemos nos transtornos de maior incidências classificados no CID-10 (1997) e no DSM-V (2013), tais como: Doença de Alzheimer; Doença de Parkinson; Esclerose Múltipla Amiotrófica (AME); Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA); Doença de Huntington; Demências; entre outras. Este compilado serviu de base para averiguar quais as estratégias de enfrentamento desses transtornos e sua relação com a neurogênese, ou seja, quais são as práticas e os sentidos construídos que viabilizaram a esse pacientes uma melhora na sua saúde física e mental. Num segundo momento, através desse levantamento, elaboramos um questionário, semiestruturado, que será aplicado, via on-line, em portadores de transtornos neuropsiquiátricos vinculados às diferentes associações de pacientes, além das indicações de pacientes por profissionais de saúde. Esses dados viabilizarão a construção de indicadores de enfrentamento à doença. Nesse sentido, pretendemos com essas informações impulsionar uma melhora na qualidade de vida da população que sofre com problemas neurodegenerativos. Compreendemos que pesquisas relativas à neurogênese permitem dar “suporte” para o exercício de atividade e intervenções, como também, auxiliam no tratamento convencional prescrito aos portadores de doenças neuropsiquiátricas. Portanto, como resultado desta pesquisa, propomos a construção de indicadores que contribuam para a qualificação das práticas clínicas, aprofundando as discussões e reflexões sobre a temática, e com isso, visamos promover uma melhora nas condições de vida desses pacientes.

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ISSN 2764-2135