SOCIEDADE PATRIARCAL EM UMA VISÃO RELACIONADA À ATENDIMENTOS REALIZADOS ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Joseane Medtler de Oliveira, Caroline Fockink Ritt

Resumo


O presente resumo versa sobre o olhar da sociedade patriarcal em uma visão relacionada aos atendimentos realizados através do PROJETO DE EXTENSÃO: ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR – Direitos e Garantias legais da Mulher Agredida, o qual vem sendo executado em parceria da UNISC (campi Montenegro) com a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), esses atendimentos servem para um primeiro acolhimento realizado à vítima de uma forma mais humanitária, sem julgamentos e com muita sensibilidade. Essas mulheres chegam à delegacia para registrarem a ocorrência e passam diretamente para uma conversa com a bolsista para contar sua história e ficar informada acerca de seus direitos, desde um período para cá o projeto está trabalhando em conjunto com uma estagiária de psicologia da UNISC (campi Montenegro), onde desde então o acolhimento destas mulheres são realizados em conjunto, e assim com o trabalho realizado como bolsista, pode-se observar que o patriarcalismo paira muito forte até os dias de hoje, infelizmente. Por mais que tenhamos leis e garantias para as mulheres, a mentalidade ainda continua com os pensamentos que se encontravam presentes no início da colonização do Brasil, o qual foi submetido ás Ordenações Afonsinas, Manuelinas e Filipinas entre 1822 a 1830, em que o marido tinha o direito de matar a mulher caso a apanhasse em adultério, e a partir de 1830 entra em vigor o primeiro Código Penal Brasileiro, que era conhecido como Código Criminal do Império do Brasil. De acordo com essa legislação, o homem não teria mais o direito de matar a sua esposa. Nesse Código, o adultério era visto como um crime contra a segurança do estado civil e doméstico, e seu autor estaria passível de ser punido com penas de um a três anos de prisão, podendo haver pena igual para marido adúltero. De acordo com os exemplos supracitados podemos concluir que as leis mudaram, e que por mais que exista a Lei Maria da Penha, a mentalidade ainda continua patriarcal. Portanto, fazendo-se necessário um trabalho mais humanizado com os agressores, uma vez que acabam repetindo o que viam seu pai fazer; com a vítima, em razão de crescer assistindo sua mãe ser agredida e achar que é normal, com as crianças, por meio de projetos dentro das escolas juntamente com apoio do Município e comunidade para que desde pequenos tenham um trabalho de conscientização contra à violência doméstica juntamente com a família, porque somente assim mudando a mentalidade das nossas próximas gerações podemos diminuir este triste índice de vítimas de violência doméstica.


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ISSN 2764-2135