A CRIAÇÃO DO LEITOR CRÍTICO

Thayná Karoline dos Santos Schiefferdecker, BRENDOM DA CUNHA LUSSANI, GABRIEL COLBEICH LOPES, Rosangela Gabriel

Resumo


O presente resumo faz parte de um projeto de pesquisa apoiado pela Fapergs, Capes e CNPq. Devido ao contexto da pandemia de Covid-19, não foi possível coletar dados juntos às crianças e aos adultos iletrados em 2020 e 2021, de acordo com o previsto no projeto original. Por essa razão, nossa comunicação será voltada a uma das ações conduzidas pelo Grupo de Pesquisa (CNPq/Unisc), ao longo da 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (durante a SNCT 2020). Busca-se, através deste trabalho, trazer à tona questões atuais e pertinentes, tais como o abuso e a violação de dados de usuários de redes sociais, por partes de grandes corporações, que através de aplicativos, acessam informações dos internautas, tendo em vista diferentes objetivos, como, por exemplo, moldar os resultados de eleições, bem como os pensamentos e comportamentos de quem está na web. Foram analisados dois documentários, Privacidade Hackeada (2019) e O Dilema das Redes (2020), bem como a conferência "A literacia e seus desafios: promover o pensamento crítico em pessoas sub-letradas", apresentada por Régine Kolinsky (ABRALIN, 2020), tendo em vista propor o pensamento crítico como ferramenta de autodefesa intelectual frente aos possíveis males presentes na internet. A pesquisa contou com dados provenientes dos documentários, da conferência e de artigos científicos, para compor um capítulo no livro referente à SNCT, realizada online em outubro de 2020. Dentre os objetivos específicos do trabalho, estavam tornar acessível a todos os públicos a temática acerca das redes sociais, das fake news e das teorias conspiratórias, na busca de propor soluções para combater a desinformação através da leitura e do pensamento crítico. Além disso, em nossa participação na Mostra Unisc, explicaremos os conceitos referentes aos termos abordados nos documentários e na conferência, como por exemplo, a definição e a funcionalidade dos algoritmos, o uso e a mineração de dados, a inteligência artificial, e a diferença entre fake news e teorias conspiratórias. Ainda, propomos o pensamento crítico como forma de autodefesa intelectual contra a (des)informação e a manipulação, bem como apresentaremos o conceito de literacia e como a leitura auxilia na melhora da memória e da compreensão linguística. Por fim, é difícil indicar apenas uma solução para o problema apresentado, pois se trata de algo complexo. Há quem não reconheça o assunto enquanto uma problemática e que apenas considere mudanças a partir de uma motivação fiscal. No entanto, enquanto as grandes corporações não são responsabilizadas por seus atos, cabe à educação, seja ela formal ou informal, uma tomada de consciência e de atitude.

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ISSN 2764-2135