A SOCIALIZAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS PARA A POPULAÇÃO VIVENDO COM HIV/AIDS NO CEMAS DE SANTA CRUZ DO SUL

Grasiela Nair da Silva Trindade, Eunice Maria Viccari

Resumo


INTRODUÇÃO: O presente estudo é resultado da vivência de estágio curricular obrigatório desenvolvido durante quatro semestres no Centro Municipal de Atendimento a Sorologia – CEMAS do município de Santa Cruz do Sul/RS. Objetivos: Dar visibilidade a experiência vivenciada enquanto aprendizado durante o estágio curricular obrigatório; Publicizar o processo de difusão dos direitos das pessoas com HIV atendidas no CEMAS de Santa Cruz do Sul. Metodologia: Pesquisa qualitativa baseada em relatórios e diários de campo de estágio, que retrataram os Atendimentos individuais e grupais, realizados e acompanhados de observações possibilitando realizar análise de conteúdos sobre as demandas das pessoas vivendo com HIV do CEMAS. Principais resultados: A partir desses procedimentos foi possível aprender e exercitar o processo de trabalho do assistente social que integra o CEMAS, e ampliar o conhecimento necessário para informar e orientar as pessoas vivendo com HIV/AIDS sobre seus direitos. A primeira aproximação com os usuários através dos grupos, possibilitou o entendimento sobre a importância de apresentar assuntos como os direitos no equipamento, assim, instigando-se a reflexão sobre como trabalhar esse tema de uma forma que interessasse os usuários e que alcançasse até mesmos os pacientes que não participavam dos grupos. Para alcançar esta outra demanda realizou-se a confecção e distribuição de folders com os direitos desse segmento populacional. As entrevistas individuais realizadas possibilitaram conhecer os pacientes e suas dúvidas sobre os direitos sociais. Conclusão: Refletindo-se sobre o trabalho desses profissionais, acredita-se que é necessário pensar que o tratamento do HIV, precisa ser visto além do físico, mas também o emocional desta pessoa, e todas as questões que envolvem esse usuário. Contudo, o profissional de Serviço Social trabalhando em um local como o CEMAS, necessita pensar no sujeito como um todo e não somente como a pessoa com a infecção de HIV. É fundamental que o profissional de Serviço Social veja nos usuários além de uma pessoa vivendo com HIV/AIDS, portadora de uma história e de fragilização produzida pelo impacto da doença, mas sim, um sujeito com sentimentos, perspectiva de vida e produtor de subjetividades com potência de desejo de uma rotina tal qual a anterior à infecção. Cabe ao Assistente Social adentrar neste contexto contribuindo com o usuário fomentando estratégias possíveis para a efetivação dos direitos sociais. Pontua-se que é necessário trabalhar com usuário buscando a sua autonomia para que não fique dependente do Serviço e do profissional. Para isso, acredita-se ser primordial esclarecer sobre os direitos como cidadãos e pacientes HIV/AIDS.

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ISSN 2764-2135