EROTIZAÇÃO FEMININA INFANTIL: INTERVENÇÃO DA CULTURA DIGITAL NA ATUALIDADE
Resumo
EROTIZAÇÃO FEMININA INFANTIL: INTERVENÇÃO DA CULTURA DIGITAL NA ATUALIDADE
Eduarda Viega da Rocha
Orientadora: Marli da Costa
O presente resumo se propõe levar o leitor a refletir sobre a sexualização feminina sob o viés da influência digital, a partir de uma disposição histórico social ainda embasada na crença da dominação de homens sobre as mulheres, que por sua vez, devem sujeitar-se a sua autoridade e vontade. Para tal, tem-se como objetivos específicos discorrer sobre fomento natural da objetificação feminina e intervenção ativa computacional na formação infantil. O método de procedimento abordado é monográfico, com pesquisa descritiva, utilizando a técnica de pesquisa bibliográfica e documental, dispondo como base o método de abordagem hipotético dedutivo. Em suma, evidencia-se a problemática direcionada, de quais foram os estímulos sobrevindos a cultura de erotização precoce infantil?
A humanidade ainda se mantém solidificada em valores arcaicos, regredindo em assuntos fundamentais, o ser feminino, das mais diversas gerações, sejam mulheres adultas ou crianças, experienciam uma cultura misógina e sexista. Segundo Loureiro (2014), o âmbito social encaminha as mulheres a aceitarem e compactuarem com sua objetificação, principalmente fomentar a comparação estética através da indústria da beleza que se constitui como novo mecanismo de dominação potencializado pela influência das redes sociais da vida cotidiana das mulheres. A vista disso, a função exercida pela indústria cultural se tornou relevante concedendo a divinização do corpo feminino com características expressamente definidas, o qual deveria ser jovem, magro, sensual e infantilizado, desta forma, o comércio de roupas, maquiagens e acessórios femininos, cumpriu com a idealização social como validação dos preceitos já compactuados, estimulando a manipulação da mulher. De acordo com Campos (2019), debater a sexualidade na infância é de suma importância, no entanto, é confundida com o conceito de sexualização, de forma a alienar indivíduos sem conhecimento sobre suas divergências, assim se faz necessário a caracterização dos dois termos, a sexualidade tem por base o desenvolvimento natural o qual pode ser direcionado, ademais, a sexualização têm por determinação uma ação externa, não sendo um processo natural da criança. O avanço da tecnologia, rompeu as barreiras da desinformação, atualmente se obtém todas as respostas com precisão e rapidez, em contraponto as crianças “crescem” mais rápido, têm uma pressa para a vida adulta, culturalmente o mundo digital veio para minimizar processos, com isso dispôs de uma ambição para a cada dia mais vencermos algumas etapas, para a criança e o adolescente as redes sociais foram a forma inventada para adentrar no mundo dos adultos, verificando-se deste modo um espaço em aberto para os pedófilos estimularem a erotização infantil, sobretudo feminina. Em síntese, é visível a existência e falhas no âmbito de proteção de crianças e adolescentes vítimas de sexualização precoce, visto que não há uma efetivação prática da lei, a qual respeite a sua dignidade.
LOUREIRO, Carolina Piazzorollo. Corpo, Beleza e Auto-Objetificação Feminina. 2014. 147 f.
CAMPOS, Roger Henrique. Infância e Sexualidade - Desafios para a Educação Sexual Infantil. 2019. 16 f.
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ISSN 2764-2135