DOCÊNCIA ASSISTIDA E PIBID: REFLETINDO NOSSO FAZER DOCENTE NA EMEF MENINO DEUS

Thais Hohl, Luizene Mariano da Luz, Leila Adriane Lopes Berlt, Cleni Inês da Rosa

Resumo


INTRODUÇÃO: O desenvolvimento de atividades diversificadas e instigantes é o
ponto de partida para um ensino mais eficaz e motivador, desde que seja
contínuo e dinâmico, porém é essencial que seja de qualidade. Neste contexto, as
docências assistidas que são planejadas e desenvolvidas juntamente com as
professoras regentes/titulares das turmas/disciplinas vêm corroborar muito nesse
processo, onde passamos a pensar currículos, escolas e a própria sala de aula.
Para que isso ocorra precisamos ser inovadores, curiosos e estarmos dispostos a
experimentar novas possibilidades, pois geralmente as novas situações nos tiram
da uma zona de conforto em que muitas vezes nos encontramos, onde o “novo”
nos parece incômodo. Sabemos que toda mudança requer um conjunto de
esforço, atitude e vontade de repensar nossa prática. Assim, a educação provoca
reflexões comprometidas com as ações. Ações essas, que são construídas,
organizadas e planejadas com os nossos pibidianos, futuros docentes, em prol de
melhorias no ensino aprendizagem, formando alunos críticos e reflexivos e
despertando, com isso, a motivação adormecida no professor de se aperfeiçoar
cada vez mais. Todo esse processo vem ocorrendo em nossa escola através da
inserção dos licenciados no cotidiano escolar. Este trabalho relata as experiências
que vem sendo vivenciadas durante a docência assistida, com o Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência da Universidade de Santa Cruz do
Sul, PIBID/UNISC, na EMEF Menino Deus. Essas monitorias têm como intuito
Universidade de Santa Cruz do Sul – Santa Cruz do Sul/RS
compartilhar o trabalho do professor regente de turma com os bolsistas da
licenciatura no planejamento e realização das atividades a serem desenvolvidas
em sala de aula e auxiliar os alunos em suas dificuldades durante as aulas.
Iremos nos referir aqui, aos projetos de docência assistida que ocorrem nas
turmas e disciplinas que são regidas pelas professoras que são também
supervisoras do PIBID/UNISC. Envolvem os Subprojetos de História (5ºs anos),
Interdisciplinar (3ºs anos), Biologia (6ºs e 8º anos) e Física (9ºs anos).
OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho é compartilhar nossas reflexões sobre as
experiências que estamos tendo com as práticas de alguns pibidianos e
pibidianas, e seus respectivos subprojetos, que atuam na docência assistida em
nossa escola e que estão diretamente ligadas às supervisoras do PIBID/UNISC
que possuem regência em sala de aula, bem como ressignificar nosso trabalho
como educadoras, em busca de uma educação de qualidade. METODOLOGIA:
Enquanto procedimento, esta experiência promovida com a docência assistida, ou
seja, através da inserção do pibidiano no âmbito escolar, vem sendo construída
mutuamente com diálogos entre os (as) professores (as) das turmas e o (a) futuro
(a) docente, com planos e estratégias de atuação previamente combinados e
pensados de maneira que venham a contribuir para a prática que será
desenvolvida em cada aula, ratificando sempre a ideia de que o planejamento de
uma aula deve ser flexível e passível de mudanças. As aulas preparadas em
conjunto com o (a) professor (a) titular e o (a) bolsista licenciando (a), em geral,
tornam-se mais prazerosas, pois estes trazem para a escola o espírito da
renovação, de novas propostas com aulas onde o(a) educando (a) sente
realmente a vontade de aprender, sendo atraído pela oportunidade de novas
possibilidades que possam definir os rumos de uma educação mais qualificada e
aprazível. RESULTADOS: As contribuições constatadas através desta prática de
docência assistida são certamente visíveis, pois além dos (as) licenciandos (as)
terem a oportunidade de conhecer e adentrar no cotidiano escolar, os (as) já
licenciados (as) tem o privilégio de repensar e assim também renovar sua prática
pedagógica. A enriquecedora experiência para ambos propicia a troca e o
compartilhamento da prática contribuindo, desta forma, para a valorização do
magistério voltado para o ensino básico, que consequentemente é capaz de
elevar a qualidade da formação destes futuros profissionais da educação,
trazendo novos questionamentos e novos paradigmas de nossa atuação em sala
Universidade de Santa Cruz do Sul – Santa Cruz do Sul/RS
de aula. Reconsiderando o que fazemos, como fazemos e para quem fazemos.
Percebemos também que a experiência adquirida com a docência assistida antes
da realização de oficinas colabora com os (as) bolsistas, futuros (as) docentes
que, desta forma, podem experienciar como se dá as ações em uma sala de aula
(o fluxo, a rotina, as relações que se formam) com alunos incluídos, alunos que
tem vivências diferentes. Como nos traz Schlichting & Barcelos na obra Humberto
Maturana: amar... verbo educativo (2012:63) “ A educação, como processo que
acontece em nosso viver biológico cultural, acontece em distintos espaços do
viver: família, escola, trabalho, lazer, esportes. Esses espaços, conforme nosso
desejo em explicar os processos do educar, fazemos surgir ao descrevê-los como
espaços onde simplesmente o educar acontece.” Tornamos, com isso o momento
da preparação das aulas com os conteúdos a serem trabalhados uma prática que
envolve muitos desafios de motivar o aluno de forma que ele realmente aprenda e
progrida com o que está sendo trabalhado e que utilize esses conhecimentos fora
dos muros da escola, nos demais momentos e fases de sua vida, no meio em
que está inserido. Paulo Freire quando fala da Seriedade e Alegria no que tange a
Educação e Cidadania, afirma que nossos esforços precisam estar “Tudo em
favor da criação de um clima na sala de aula em que ensinar aprender, estudar
são atos sérios, demandantes, mas também provocadores de alegria. Só para a
mente autoritária é que o ato de ensinar, de aprender, de estudar são tarefas
enfadonhas, mas necessárias. Para educadores e educadoras democráticos o ato
de ensinar, de aprender, de estudar são que fazeres exigentes, sérios, que não
apenas provocam contentamento, mas que já são, em si, alegres.” (FREIRE,
2012: 117-118). E é isto que buscamos através da docência assistida: uma
constante reflexão que se torne parte de nossa ação como educadoras, ao
mesmo tempo em que traga grandes contribuições para o processo de
aprendizagem nosso, de nossos educandos e de nossos bolsistas.

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