Introdução: A experiência obtida através do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à docência - PIBID/UNISC, possibilita-nos o contato com alunos com
deficiência auditiva, da Escola Estadual de Ensino Médio Nossa Senhora do
Rosário, aprimorando assim, nosso conhecimento na área de Educação Física. A
escola atende a um plano desenvolvido pela 6ª Coordenadoria Regional de
Educação (CRE), em que possibilita a inclusão dos surdos em classes regulares e
classes especiais para alunos de anos iniciais e finais do ensino fundamental. A
disciplina de libras (linguagem dos sinais) é oferecida aos demais estudantes para
facilitar a compreensão e inclusão dos deficientes nas aulas. Possui professores
especializados e uma infraestrutura adequada para o atendimento destes alunos.
Objetivos: O objetivo do trabalho é comparar as diferenças que existem no
trabalho desenvolvido dentro e fora da sala de aula, com ênfase em atividades de
atenção, agilidade, freio inibitório, memória e socialização.
Metodologia/Atividades: O trabalho foi desenvolvido na modalidade oficina, com
as turmas de alunos surdos dos anos iniciais, tendo uma professora interprete,
usuária da língua de sinais. A turma é composta por 21 alunos, de 1º ao 5º ano,
dentro da faixa etária de 7 a 15 anos. Utilizamos o tipo de Sessão SEFE (Sessão
de Educação Física Escolar); foram desenvolvidas atividades, tendo como
objetivo a atenção, memória, agilidade, freio inibitório e socialização, como “dança
Universidade de Santa Cruz do Sul – Santa Cruz do Sul/RS
da cadeira, vivo morto, mestre mandou, descobrir o que mudou e sequência de
movimentos”, pois os alunos demonstraram dificuldades de concentração e
atenção nas aulas. Os equipamentos sonoros foram adaptados para modelos
visuais, facilitando assim, a participação dos alunos. Na atividade dança da
cadeira, foi substituída a música, por ligar e desligar a lâmpada, quando ligada,
devem andar, quando desligada, devem sentar; na Vivo Morto, invés de falar
“Vivo e Morto”, devem elevar braço acima da cabeça, para “Vivo” e abaixá-lo para
“Morto”. A atividade “Mestre mandou” os alunos deverão se posicionar em círculo,
um aluno será escolhido para sair da sala; a turma escolhe quem será o mestre, o
mestre escolhido deverá fazer um movimento e toda turma irá imitá-lo. O aluno
que saiu, volta para sala e deverá descobrir quem é o mestre. Se adivinhar, outro
aluno é escolhido para exercer essa função, se não adivinhar, o mestre será o
próximo adivinhador. Na atividade “Descobrir o que mudou”, os alunos estarão
dispostos em círculo. Um aluno deverá observar bem a ordem, objetos dos
colegas, e sair da sala, após, os demais colegas deverão trocar de lugar e de
objetos e o aluno que saiu, deverá retornar e dizer o que modificou, tendo 3
tentativas de acerto; caso errar todas, deverá observar e sair da sala e tentar
acertar; caso acertar, outra pessoa é determinada para observar e sair. E por
último na atividade “sequência de movimentos”, os alunos estarão posicionados
em círculo; um aluno escolhido iniciará fazendo um movimento; o colega da sua
direita, terá que repetir o seu movimento e criar um novo, e assim
sucessivamente. Quem errar a sequência deverá sentar. Utilizando o método de
ensino de demonstração para realizar as atividades. Todas as atividades foram
desenvolvidas, tanto na quadra da escola quanto na sala de aula.
Resultados/Considerações Finais: Constatou-se, durante as aulas, uma
diferença na aplicação da mesma no ambiente dentro e fora da sala de aula.
Dentro da sala de aula, os alunos conseguiram realizar todas as atividades
propostas com bastante atenção e concentração, aproveitando melhor o tempo da
aula. Já, na quadra da escola, demonstraram mais dificuldades de concentração e
atenção durante a execução das atividades, pois é um ambiente muito amplo e de
fácil dispersão. Concluiu-se que dentro da perspectiva do presente trabalho, é
relevante realizar atividades em ambientes mais fechados, para que se obtenha
mais a atenção dos mesmos, possibilitando um melhor aprendizado.