PROSPOSTAS PARA UM APRENDIZADO INOVADOR

Ana Paula Rodrigues, Mateus Rodrigues Barbosa, Sabrina Thaís Rosa dos Santos, Marcia Adriana de Oliveira

Resumo


O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) busca a
inserção de estudantes dos cursos de licenciatura em escolas públicas ao iniciar
sua formação docente, tendo como um dos objetivos desenvolver atividades
didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um
professor da escola. A parceira neste Programa é a Escola Estadual de Ensino
Médio Alfredo José Kliemann que se localiza em um bairro periférico do município
de Santa Cruz do Sul, onde a marginalidade e a carência estão presentes no
cotidiano da comunidade escolar. Dessa forma, nós, futuros docentes, buscamos
construir nosso conhecimento, além de proporcionar de alguma forma um
aprendizado dinâmico e diferenciado aos estudantes. Uma vez que, para
aprender o aluno precisa sentir vontade, estar entusiasmado em querer saber
mais, pois, como salienta o autor Paro (2010), o aluno só aprende quando quer
aprender, quando sente necessidade de aprender, ele precisa aprender a
aprender. Precisa então, entender a importância de buscar construir seu
conhecimento e evoluir como ser humano. Portanto, levamos em nossas oficinas
atividades que despertem também o lado humano de cada educando, além de
atividades que façam uso do lúdico para sanar dúvidas e fortalecer o estudo
matemático. Podemos citar como exemplos de atividades propostas a construção
do ábaco e das sinaleiras, respectivamente. A primeira instiga o estudante a
aprender ainda mais sobre a ordem dos números e sanar suas dúvidas,
construindo assim seu conhecimento matemático e permitindo um melhor
Universidade de Santa Cruz do Sul – Santa Cruz do Sul/RS
entendimento nos demais conteúdos. Notamos que com a utilização do ábaco os
alunos tiveram um bom entendimento sobre o assunto, sendo que este se deve a
utilização de material concreto, não fazendo o uso apenas da Matemática em sua
forma abstrata. Só realizando cálculos, os alunos não tinham entendimento sobre
o que era uma unidade e quanto ela suportava, por exemplo. A partir do uso do
material concreto, construído pelos próprios alunos, ficou evidente o quanto isto
ajudou na compreensão do conteúdo. O uso deste material didático-pedagógico
proporcionou aos educandos a visualização do processo que de fato estavam
realizando ao buscarem respostas para as atividades propostas e, principalmente,
para sanar as dúvidas que carregavam consigo. Já em relação à sinaleira, esta
busca desenvolver habilidades atitudinais, a fim de trabalhar a importância do
lado humano de cada um, ou seja, busca despertar e instigar em cada estudante
o respeito, o comprometimento, a responsabilidade, a atenção, o trabalho em
grupo, a colaboração, a importância do convívio em sociedade e a cooperação,
não somente na sala de aula e nas oficinas de Matemática, mas em qualquer
meio social. Com isso, foi possível perceber uma evolução significativa no
comportamento de cada estudante, tanto conosco, pibidianos, como com os
colegas em geral. Notamos também, que nosso propósito foi alcançado, pois os
alunos se mostraram mais cooperativos, entendendo seus direitos, mas sabendo
que também possuem deveres que precisam cumprir. Percebemos que a turma
em si está mais unida e cada estudante passou a ser reconhecido, pelos demais
colegas, por suas qualidades e os grupos ficaram mais dinâmicos, não sendo
constituídos sempre pelos mesmos integrantes. Dessa forma, podemos concluir
que nosso trabalho na escola vem sendo cada vez mais significativo, pois
estamos alcançando com êxito cada objetivo e propósito estabelecido. Além
disso, ver a evolução de cada estudante, não só nos conhecimentos matemáticos,
mas também como cidadão, está sendo muito gratificante e satisfatório para nós
futuros docentes. Portanto, notamos que a Matemática, assim como as demais
disciplinas, tem um papel importante na formação de cidadãos. Sabemos que a
escola deve ensinar e que educar é papel dos pais e responsáveis, porém,
entendemos também que a escola vem a ser um auxiliar fundamental nesse
processo. Concluímos então, que a Matemática deve participar significativamente
neste processo de educação e não deve se limitar somente aos cálculos.

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