Resumo: No que concerne ao processo de aquisição de uma L2, podemos
afirmar que quanto mais cedo for promovido, mais naturalmente se concretiza.
Afirmam os neurocientistas Wilder Penfield e Lamar Roberts que, no que tange à
aprendizagem de uma segunda língua, as crianças são aprendizes mais
eficientes que os adultos, por receberem input de maneira mais simples. Na
Escola Municipal de Ensino Fundamental São Canísio, os alunos do 4° ano ainda
não haviam entrado em contato com a língua inglesa em sala de aula, por isso, foi
iniciado um procedimento de contato com a língua, desde os sons do alfabeto,
com uso de músicas e repetição, até a formação das primeiras frases com a
organização correta dos termos entre si, e o uso efetivo da língua no ambiente da
sala de aula, que está em andamento. É possível observar uma grande evolução
ao longo do trabalho realizado, tendo em vista o desconhecimento inicial da
língua por parte dos aprendizes, e o nível de aquisição apresentado atualmente,
com progressos em pronúncia, compreensão e fixação de vocabulário. Desse
modo, o foco do ensino de LE para crianças não pode ser a gramática da língua,
pois elas ainda não têm maturidade cognitiva para lidar com normas e com
conceitos abstratos. É importante, então, que o professor utilize, dentre outros
recursos, jogos, brincadeiras populares, imitações, atividades visuais, histórias
infantis e canções, e no caso da referida turma, esses tipos de atividades e
dinâmicas têm apresentado bons resultados, a começar pelo maior interesse pelo
que está sendo ensinado, e a consequente diminuição do filtro afetivo, como
apontado por Krashen (2003), facilitando a interação do aluno com o idioma.
Universidade de Santa Cruz do Sul – Santa Cruz do Sul/RS
Portanto, a julgar pelo desenvolvimento acompanhado até aqui, é visível o avanço
dos alunos em relação à aquisição da L2, otimizada pela ludicidade que o ensino
para essa faixa etária requer.