UMA ABORDAGEM EXPERIMENTAL PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO SOBRE REFLEXÃO DA LUZ (ÓPTICA GEOMÉTRICA)

Bianca Camargo Baracy, Pedro Bavaresco Filho, Marcelo de Oliveira Silveira, Cláudia Mendes Mählmann

Resumo


Já é senso comum que o aprender na prática além de ser efetivo é mais divertido.
Quando possível observar fenômenos de áreas como Física ou Química
acontecerem diante dos olhos conduz a uma compreensão adequada do que
acontece e baseia de forma adequada conteúdos mais aprofundados e inclusive
abordagens gerais e matemáticas posteriores ao conhecimento de base.
Atualmente nas escolas o ensino da disciplina de Física está ocorrendo de forma
apenas teórica, bem como envolvendo o decorar ao invés do aprender e
compreender. Isto tem ocorrido por diversos motivos, pouca carga horária para a
área, necessidade de realizar retomada de conteúdos e reavaliações (muitas
vezes sucessivas) até que o aluno consiga a nota mínima (isto não indica que
ocorreu o aprendizado, mas sim apenas se alcançou um mínimo exigido de nota
na avaliação), pela falta de professores da área na escola (muitos professores
formados em outras áreas lecionam a disciplina por imposição e necessidade do
sistema educacional ou do professor). Já é comprovado que atividades
experimentais são muito importantes para o desenvolvimento das habilidades dos
estudantes em diversas áreas, melhorando a capacidade de raciocínio e
compreensão dos conteúdos. Todos os professores tanto os de Física quanto os
de qualquer outra área poderiam desenvolver diversas experiências muito simples
e até mesmo com materiais alternativos com seus alunos, tornando o conteúdo
Universidade de Santa Cruz do Sul – Santa Cruz do Sul/RS
mais atrativo e até mesmo fácil e acessível aos estudantes. Quando, em óptica
geométrica se estuda a respeito dos espelhos planos, conceitua-se espelhos
como superfícies polidas que produzem reflexão regular. Sendo que a forma
geométrica da superfície determina as propriedades dos espelhos e as
características das imagens produzidas. Em um espelho plano, a imagem de uma
figura ou de qualquer outro objeto pode ser obtida por simetria pela imagem de
cada um dos seus pontos. Em associação de espelhos planos, tem-se a
possibilidade de formar um maior número de imagens. A quantidade de imagens
que podem ser formadas em uma associação de dois espelhos planos, que
formam um ângulo entre si, está ligada diretamente ao ângulo entre esses dois
espelhos. Pode-se afirmar que quanto menor o ângulo entre os dois espelhos
associados, maior será o número de imagens formadas pelo conjunto. Utilizando
a fórmula N = (360o/α) - 1 pode-se prever quantas imagens serão formadas para
cada ângulo possível. A fim de demonstrar, de forma simples e visualmente
interessante, a formação de imagens em uma associação de espelhos planos,
pode-se realizar a construção e utilização de um caleidoscópio. Os materiais
necessários para a construção são: três tiras retangulares iguais de espelhos
planos (ou vidros, ou materiais de superfície polida), fita adesiva larga, papel
escuro para encapar, miçangas e/ou imagens coloridas. Para executá-la unem-se
os espelhos, a fim de formar um triângulo, colando-os com a fita larga. Depois, é
só encapar com o papel colorido, escurecendo a parte interior do caleidoscópio.
Depois disso as observações podem ser realizadas. Para tanto, se deve colocar o
equipamento apontado para um objeto iluminado. Pode-se girar o caleidoscópio
lentamente para verificar a formação de desenhos diferentes e multicoloridos.
Além disso, deve-se discutir o ângulo formado entre os lados espelhados e o
número de imagens formadas a partir de cada vértice observado. Esta é uma
experiência simples, rápida de ser construída e explorada, e ainda é de baixo
custo, que qualquer professor pode realizar em sala de aula.

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