USO DA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA NO ENSINO DE QUÍMICA COMO PROCESSO INTEGRANTE PARA A APRENDIZAGEM

Dirlei Silveira, Wolmar Alípio Severo Filho, Nádia de Monte Baccar, Ana Lúcia Becker Rohlfes

Resumo


Prova, teste, avaliação. Expressões que professores e alunos utilizam para
designar o processo de avaliação de rendimento durante determinado período.
Estas palavras, em algumas circunstâncias geram temor entre os alunos e seu
grupo, embora alguns não sofram qualquer impacto emocional ou lhes gere
preocupação. É do conhecimento de professores experientes que a cada início de
período escolar, eles se reúnam com outros colegas para planejarem cada aula,
montando seu plano de ensino, designando mês a mês, cada encontro que terá
frente aos seus alunos. Após uma sequencia de aulas e conteúdos, estes
professores aplicaram as tão temidas provas. Mas o professor sabe avaliar
corretamente seus alunos? O sistema educacional, muitas vezes tem se apoiado
na avaliação classificatória com a pretensão de verificar aprendizagem ou
competências através de medidas, de quantificações. Este tipo de avaliação
pressupõe que as pessoas aprendam do mesmo modo, nos mesmos momentos e
tenta evidenciar competências isoladas. Ou seja, alguns alunos que por diversas
razões têm maiores condições de aprender, aprendem mais e com melhor
qualidade, o que é notável em seus desenvolvimentos. Outros, porém não
apresentam mesmo rendimento, sendo que as deficiências podem estar ocultas
em detalhes passiveis de vistas pelo professor e com chances grande do aluno
atingir a meta de abstração e a disciplina de Química não pode ser diferente. No
estudo de Química, há muita interdisciplinaridade como por exemplo no campo da
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matemática, na física, na correta interpretação de problemas propostos e é
possível, através de verificações curtas, porém objetivas, sanar dúvidas e dar ao
aluno sentido de cognição ao conteúdo, pois de um conjunto de competências,
apenas algumas não são atingidas. Na escola de ensino básico o aluno deve ter
um amparo maior, pois os processos de colocação no mercado de trabalho,
vestibulares e concursos públicos, são meramente classificatórios e eliminatórios.
Segundo Luckesi (2002), a avaliação, diferente da verificação, envolve um ato
que ultrapassa a obtenção da configuração do objeto, exigindo decisão do que
fazer com ele. A verificação é o ato que congela o objeto, não exigindo uma
decisão do aluno que implica na ação dinâmica, no que fazer com a abstração.
Avaliar implica coletar, analisar, na síntese de dados que configuram o objeto da
avaliação, atribuindo valor ou a qualidade atribuída, conduzindo à tomada de
decisão por parte do aluno.e de como atuar sobre o objeto. Ao avaliar, o professor
deve utilizar técnicas diversas e instrumentos variados para diagnosticar começo,
meio e fim para que se tenha progressão. Sendo assim, objetivou-se fazer um
levantamento nas escolas, por contato com professores de Química e saber se a
prática é de avaliação ou a verificação dos conteúdos trabalhados e qual a mais
eficiente. Ainda, fazer uma análise dos sistemas de avaliação utilizados nas
escolas na disciplina de Química e verificar se há uma proposta pedagógica que
vise o diagnóstico das reais dificuldades do aluno, com pequenas avaliações
sistemáticas que visem a correção de eventuais carências antes mesmo do
conjunto de conteúdos trabalhados que o classificarão como apto ou não, se
atingiu a meta de competências previstas em seu plano de ensino. Sendo assim,
o professores prevê em seu plano de ensino pequenas avaliações relâmpago que
servirão como ferramenta diagnóstica das habilidades do aluno em determinado
conteúdo, verificando também separadamente competências e habilidades
exigidas em outras disciplinas como cálculos matemáticos, embasamento teórico
da física e se está fazendo a correta interpretação de um problema proposto.
Seriam avaliações semanais que identificariam falhas de compreensão que não
fazem parte do contexto direto da disciplina de Química, mas podem ser revistos
antes da avaliação de todo conteúdo previsto para o período. Com o uso de um
questionário direcionado aos professores de Química, podemos fazer um
levantamento, uma pesquisa quantitativa sobre os aspectos de avaliação mais
utilizados. De posse destas informações, sugere-se através deste trabalho o uso
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de avaliações rápidas e sistemáticas, buscando deficiências que nem sempre são
do contexto da disciplina de Química, possibilitando ao professor corrigir em
tempos, falhas, valendo-se de anotações e orientações que retornam
individualmente ao aluno para que este possa rever erros, interpretações
equivocadas, implicando na recondução de suas habilidades que é o objetivo do
professor desta disciplina. Por fim, é um sistema que visa verificar com
antecedência toda falha de aprendizagem, buscando revisão de conceitos, alguns
fora do contexto da disciplina de Química. A Avaliação formativa é realizada com
o propósito de informar o professor e o aluno sobre o resultado da aprendizagem
durante o desenvolvimento das atividades escolares. Localiza a deficiência na
organização do processo de ensino-aprendizagem, de forma a possibilitar
reformulações no mesmo assegurando os objetivos propostos e de como os
alunos estão se modificando com o avanço de suas competências.

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