AS DIFERENÇAS DE INTERESSE PELA LÍNGUA PORTUGUESA ENTRE ALUNOS DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Felipe Augusto Kopp, Fernando Muller Krebs, Joice Fabiane Kappaun, Karen Regina Borstmann, Luciane Haas Gehring, Angela Cogo Fronckowiak

Resumo


 

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) – CAPES/UNISC – teve início no ano de 2010 na Universidade. Seu objetivo é inserir os acadêmicos dos cursos de licenciatura na realidade escolar e, ao mesmo tempo, contribuir para melhorar a qualidade do ensino, medida pelas avaliações externas. No primeiro semestre do projeto foram realizados diagnósticos em cada uma das escolas participantes a fim de conhecer suas principais características e verificar as possíveis carências dos alunos. A partir do segundo semestre, foram organizadas oficinas para os Laboratórios de Aprendizagem, espaços destinados a ajudar os alunos que apresentam alguma dificuldade, por meio de atividades diferenciadas. Na escola Willy Carlos Fröhlich (Polivalente), nós, do Subprojeto 3 (Letras), nos dividimos em dois grupos: um para o Ensino Fundamental (5º ano, 5ª série e 8ª série) e outro para o Ensino Médio. A princípio, atenderíamos apenas os discentes indicados nos diagnósticos já referidos, porém o baixo índice de comparecimento fez com que convidássemos os demais estudantes. Mesmo assim, a procura foi menor que a esperada. As oficinas transcorreram durante os meses de junho e julho no contra turno das aulas. O grupo responsável pelo Ensino Fundamental fez atividades com poesias, músicas, contos, expressões populares e outras atividades lúdicas, onde brincadeira e tensão promoveram o aprendizado. Já o grupo do Ensino Médio focou-se em estudos baseados nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e vestibulares, conforme o interesse dos próprios alunos. Observamos que a adesão dos estudantes do Ensino Fundamental foi claramente maior do que a do Ensino Médio. Diversos motivos podem ter contribuído para que isto ocorresse. Dentre eles, o fato de os alunos mais velhos trabalharem ou estarem envolvidos com outras atividades, como cursos profissionalizantes, por exemplo. A possível desmotivação com a atual metodologia de ensino de Língua Portuguesa das escolas públicas pode ser, também, outro fator responsável. O que leva a perda do encantamento pelo aprendizado à medida que o aluno avança na sua escolaridade? Há, de fato, esta perda, ou outros fatores também interferem? Com base na avaliação destas hipóteses, estamos fazendo um estudo para compreender as razões da disparidade na participação dos dois níveis de ensino. Os resultados desta investigação irão nos auxiliar na reformulação das propostas metodológicas utilizadas, por nós, na escola, na tentativa de despertar o maior interesse na aprendizagem.

 


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