O USO DE MATERIAIS CONCRETOS PARA A COMPREENSÃO DAS OPERAÇÕES COM NÚMEROS INTEIROS

Daiane de Barros Lopes, Fabiana dos Santos da Luz, Raquel Mello Silva, Ivonne Maria Gassen, Tiago Stolben Klaus

Resumo


 

O presente trabalho tem como objetivo apresentar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Aprendizagem em três escolas do município de Santa Cruz do Sul/RS participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), que estão sendo realizadas desde junho de 2011. A finalidade dos Laboratórios é auxiliar os alunos a superarem suas dificuldades na aprendizagem, para que atinjam um bom rendimento escolar. Nesse espaço oferecemos oficinas para os alunos de 6ª e 8ª séries do Ensino Fundamental, na qual durante este período trabalhamos com o conteúdo matemático: números inteiros. Para obtermos sucesso nesse processo de ensino, sentimos necessidade de utilizar uma nova proposta pedagógica que auxiliassem tanto os alunos quanto nós (professores que ensinam matemática) em nossa prática docente. Assim passamos a usar nesse espaço materiais concretos e jogos matemáticos, a fim de promover um ambiente de ensino-aprendizagem mais dinâmico, atrativo, desafiador, e principalmente, onde o aluno tenha a possibilidade de (re)construir seus conhecimentos, relacionando–os com a sua realidade, pois o trabalho com materiais concretos e jogos oferece situações em que o educando necessita ultrapassar o momento de diversão e parte para a fase de diálogos, interpretações, questionamentos, críticas, análises e trocas de experiências. A partir desse momento, o aluno se permite compreender seu próprio processo de aprendizagem, além de desenvolver sua autonomia, isto pelo fato de estar vivenciando situações reais. Com base nessa proposta de ensino, iniciamos as atividades do Laboratório de Matemática trabalhando com os números negativos e positivos, partindo do princípio que é o primeiro contato dos alunos com este conteúdo, mesmo que, nos anos anteriores obtiveram uma boa bagagem conceitual. Nosso desejo era garantir que eles construíssem o conceito de oposto ou simétrico de um número inteiro. Fizemos um levantamento de situações do dia a dia dos alunos que envolvessem esses números. Após a conceituação desses números iniciou-se os procedimentos de cálculos, introduzidos a partir de um contexto e de um significado que contribuam para a constatação dos algoritmos. Os algoritmos da adição e subtração de números inteiros são explorados a partir do jogo dos dados, na qual o aluno manipulando os objetos (dados) e as fichas coloridas, executou ações concretas, e através disso tiveram a oportunidade de produzirem seus conhecimentos. Com o desenvolvimento do conceito através de situações - problemas do cotidiano o aluno consegue resolver seus problemas raciocinando por meio de símbolos e operações abstratas. O uso dos números negativos faz-se mesmo sem os alunos compreenderem o seu significado, mas a aprendizagem operatória permite que o aluno domine as propriedades que regem os inteiros como sistema. Essa proposta de trabalho ofereceu aos alunos momentos de diversão e, principalmente, de produção de conhecimentos.

 

 


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