INSERÇÃO DA PSICOLOGIA NAS ESCOLAS ESTADUAIS DO MUNICIPIO DE SANTA CRUZ DO SUL ATRAVÉS DA 6ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO

CAMILA DEUFEL, EDUARDO STEINDORF SARAIVA

Resumo


INTRODUÇÃO: O campo educacional é complexo e dinâmico e se constitui concretamente nas relações que se dão no dia a dia 226 corda bamba entre os problemas e desejos da240 comunidade usuária, das equipes profissionais e das políticas governamentais. (ROCHA, 1999, p. 192.) Complexa também se faz a definição de um modelo de atuação do psicólogo inserido na escola, o que aponta para um espaço relativamente novo e em construção, aberto para novos conhecimentos, mas também para distorções posto que não se encontra bem delimitado. Sendo assim, o fazer do psicólogo dentro das escolas é, muitas vezes, confundido com psicoterapia clínica, aconselhamento ou é visto com receio pelos outros profissionais e alunos, o que reduz o seu papel. Existem 19 Escolas Estaduais em Santa Cruz do Sul que o projeto abarca, sendo que os serviços de psicologia que elas possuem estão totalmente restringidos aos prestados pela Unisc, por meio de estagiários e projetos. OBJETIVOS: Produzir diagnóstico das escolas estaduais de Santa Cruz do Sul, abrangidas pela 6ª Coordenadoria Regional de Educação, referente às demandas de intervenção, bem como a imagem que fazem do psicólogo inserido nesta área; Atuar nas escolas juntamente com os alunos, os professores e a direção, de acordo com a demanda levantada. METODOLOGIA: Reuniões no prédio da 6ª CRE com os orientadores pedagógicos das escolas, para apresentação do trabalho e levantamento das expectativas quanto à atuação do psicólogo no contexto escolar; Visitação das escolas para mapeamento de demandas; Intervenção nas escolas, com professores, alunos e direção por meio de atividades individuais ou coletivas. RESULTADOS: Neste momento, o projeto está em fase de coleta de dados junto à 6ª Coordenadoria Regional de Educação e os orientadores pedagógicos das escolas, apontando apenas resultados parciais da pesquisa. Esses dados iniciais revelam as expectativas quanto ao trabalho do psicólogo dentro da escola, fortemente ligado ao modelo de atendimento clínico individual e o grande número de relatos de sofrimento psíquico por parte dos professores e da direção da escola. Além disso, surgiu um grande número de queixas de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade entre os alunos dessas escolas. CONCLUSÃO: Frente aos dados preliminares levantados, antevê-se a necessidade da desmistificação do trabalho do psicólogo, dentro da escola, e a atuação com professores e equipes técnicas da mesma. REFERÊNCIAS: ROCHA, M. L. A formação na interface psicologia/educação: novos desafios. In: JACO-VILELA, A. M.; MANCEBO, D. (Orgs.). Psicologia social: abordagens sócio-históricas e desafios contemporâneos. Rio de Janeiro: UERJ, 1999.


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