A TENDÊNCIA DE ESTADOS DEPRESSIVOS EM IDOSOS E A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE

ROBERTA KLIEMANN, ADEMIR MULLER

Resumo


A depressão é uma doença do corpo como um todo, que afeta a disposição física e diversos aspectos psicológicos, como a autoestima e a autoconfiança, influenciando ainda nas relações sociais do individuo, sendo que no idoso, ela surge quando há perda da qualidade de vida associada ao isolamento social e ao surgimento de doenças crônico-degenerativas, Stella et al (2002). Zimerman (2000) corrobora essa posição afirmando que a pessoa deprimida pode manifestar mudanças cognitivas e comportamentais; características de desordens emocionais, como a falta de motivação, perturbações na vontade, desânimo, desinteresse, perda de apetite, somatizações, dores físicas, irritabilidade, dificuldade de concentração, problemas de sono, perda do gosto pela vida, fraqueza física, dificuldade de convívio com amigos, colegas e familiares. O presente trabalho verificou a tendência de estados depressivos em idosos comparando os residentes na zona urbana com os que residem na zona rural. Os selecionados para participar da pesquisa foram entrevistados das cidades de Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Vera Cruz, Vale do Sol e Cruzeiro do Sul. Para isso, utilizou-se a Escala para Avaliar a Depressão, descrita por Fiatarone (1996) apud Matsudo (2005), composta por um questionário de 30 questões fechadas, relacionadas ao estado de ânimo e satisfação com a vida do indivíduo. Participaram da pesquisa 40 idosos, de ambos os sexos, com idades entre 60 e 89 anos. Foram entrevistados vinte idosos da zona rural e vinte da zona urbana. Os resultados foram analisados de acordo com a metodologia de que quanto maior o número de pontos negativos, maior também a probabilidade de o idoso ter depressão, sendo que a máxima pontuação negativa é de 30 pontos. O grupo de idosos da zona rural alcançou a máxima de 9 pontos negativos e mínima de zero pontos. Idosos residentes na zona urbana apresentaram uma máxima de 27 pontos negativos e mínima de 2. Diante do resultado auferido pela aplicação da escala percebe-se que os idosos residentes na zona rural têm uma tendência menor à depressão quando comparados aos idosos residentes na zona urbana. Os resultados vão ao encontro da literatura que serviu de base para este trabalho, a qual aponta que o ambiente rural oferece menos pressão sobre os idosos, aumentando o sentimento de segurança, enquanto no ambiente urbano há uma ação intensa sobre o desenvolvimento de depressões. Através deste estudo, evidenciamos a importância da influência do meio sobre o nosso organismo.


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